A polícia alemã esvaziou um acampamento de protestos pró-Palestina que ocupava um pátio na Freie Universitaet de Berlim nesta terça-feira (7).
Cerca de 150 pessoas montaram tendas no campus universitário durante a manhã, juntando-se ao chamado da “Coligação Estudantil de Berlim” para ocupar as universidades alemãs.
Estudantes de várias universidades de Berlim juntaram-se ao protesto, carregando bandeiras palestinas e faixas com os dizeres “Todos os olhos em Rafah” e gritando slogans de apoio aos palestinos e denunciando Israel e a Alemanha.
Entre as exigências do grupo estavam o levantamento de todas as acusações criminais contra estudantes e não estudantes que tinham sido politicamente ativos na demonstração de solidariedade com a Palestina nos campi e na oposição pública às propostas de reformas do Senado de Berlim, que permitiriam a expulsão de estudantes por motivos políticos.
O grupo também pedia a proibição da entrada da polícia no campus e exigiu a reintegração de acadêmicos e funcionários de universidades e institutos de investigação alemães, expulsos ou privados de financiamento devido à sua posição política em relação à Palestina.
“A violência indiscriminada e a perda de vidas, enraizadas em décadas de história colonial, exigem a nossa atenção e ação imediatas”, disse a Coligação Estudantil de Berlim num e-mail.
Mais de 25 viaturas policiais cercaram o acampamento e a polícia disse que teve que desocupar a área devido a um pedido da direção da universidade, uma vez que o protesto não foi autorizado. A ação da polícia teria começado pedindo a desobstrução da área através de alto-falantes e, posteriormente, recorrido à força.
Os protestos estudantis sobre a guerra e os laços acadêmicos com Israel começaram a espalhar-se por toda a Europa, mas permaneceram em escala muito menor do que os observados nos Estados Unidos.
A Freie Universitaet de Berlim disse que os manifestantes tentaram entrar nas salas de aula da universidade ao longo da manhã, com o objetivo de ocupá-las, acrescentando que a universidade apresentou queixas criminais e suspendeu palestras em vários edifícios.