Mato Grosso deve receber cerca de R$ 11,15 bilhões em recursos federais em 2026, entre Fundo de Participação dos Estados (FPE), emendas individuais e de bancada, segundo estimativas do relatório preliminar do Orçamento. O montante permitirá ao Estado investir em áreas estratégicas como saúde, infraestrutura, educação e desenvolvimento regional.
A aprovação do relatório pelo Comissão Mista de Orçamento ocorreu nessa quarta-feira (03.12). O documento amplia o espaço para emendas parlamentares e para o Fundo Eleitoral, que terá R$ 4 bilhões no próximo ano — quatro vezes mais do que o valor previsto inicialmente pelo Executivo. Também foram aprovados R$ 12,1 bilhões para emendas das comissões permanentes da Câmara e do Senado.
O relator, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), realizou um corte linear de R$ 2 bilhões em despesas de custeio e investimentos, mas incorporou uma reestimativa de receitas de R$ 13,2 bilhões a mais em relação ao projeto original do governo.
Dentre as emendas individuais e de bancada, que já estavam asseguradas com reserva de R$ 37,8 bilhões, o relatório separou:
R$ 1,1 bilhão para os 16 relatores setoriais;
R$ 500 milhões para emendas adicionais das bancadas estaduais;
R$ 400 milhões para ajustes finais do relatório-geral.
Os tetos mais altos, de R$ 400 milhões, foram destinados a setores estratégicos como Infraestrutura, Saúde, Cidades e Defesa, garantindo maior flexibilidade para remanejamentos internos.
Distribuição para Mato Grosso
O Estado receberá 1,54% do FPE, de acordo com o relatório, totalizando R$ 11,15 bilhões, considerando também a média de execução das emendas nos últimos três anos. A população estimada em 2025 é de 3,89 milhões, equivalente a 1,82% do total nacional.
Os recursos permitirão à bancada do Estado priorizar projetos de interesse local, como melhorias em serviços públicos, obras viárias e ações sociais, reforçando a importância estratégica do Orçamento federal para Mato Grosso.
O relatório agora segue para análise e votação final nas Casas Legislativas, podendo sofrer ajustes antes da aprovação definitiva do Orçamento de 2026.


