Flávio Roberto da Mata Pereira, de 33 anos, morreu neste sábado (06/12) após 19 dias internado no Hospital São Benedito, em Cuiabá, em decorrência de intoxicação por metanol. A morte foi inicialmente confirmada pela família, que apresentou a certidão de óbito, e posteriormente pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Em nota, os familiares agradeceram as mensagens de apoio e afirmaram que Flávio deixa lembranças de carinho e ensinamentos.
Morador de Nova Brasilândia, a 223 km de Cuiabá, Flávio teria começado a passar mal após ingerir uísque no dia 15 de novembro, em Planalto da Serra. Segundo a família, os primeiros sintomas foram interpretados como ressaca por profissionais da unidade de saúde local, e somente dois dias depois ele foi internado.
Conforme os familiares, dois dias após a internação inicial foi autorizada a transferência para um hospital em Campo Verde, onde Flávio chegou desacordado. Ele precisou ser entubado e, devido à gravidade, acabou transferido por uma UTI aérea para o Hospital São Benedito, em Cuiabá. O paciente estava em coma induzido e não resistiu.
Nesta semana, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou que a intoxicação por metanol foi a causa do agravamento clínico.
Com a morte de Flávio, subiu para quatro o número de vítimas fatais de intoxicação por metanol em Mato Grosso até este sábado (7). Até terça-feira (2), o painel da SES registrava três mortes.
Entre as vítimas está um jovem de 24 anos que deu entrada em um hospital particular de Barra do Garças apresentando sintomas compatíveis com intoxicação. O exame confirmou a presença de metanol, mas ele não recebeu o antídoto e também morreu. O paciente era morador de Querência.
O estado contabiliza ainda cinco casos confirmados de intoxicação: dois em Várzea Grande, dois em Itanhangá e o de Flávio — que evoluiu para óbito e ainda não havia sido registrado no painel oficial até a atualização mais recente.


