O secretário municipal de Assistência Social de Juína (745 km de Cuiabá), Alessandro Barbosa, foi exonerado, na quarta-feira (8), do cargo que ocupava após ser acusado de cometer assédio sexual contra uma recepcionista da pasta. De acordo com a imprensa local, uma das vítimas, de 25 anos, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Ela relatou que o assédio vem acontecendo desde junho desse ano, mas temendo perder o emprego, só tomou coragem para denunciar no dia 26 de outubro. A vítima contou que foi assediada por Alessandro em diversas ocasiões. Uma delas foi durante seu primeiro dia de trabalho no local. A mulher contou que foi abordada pelo exsecretário que a agarrou, forçando um beijo.
Em outra ocasião, ela estava trabalhando e o suspeito a trancou dentro de um banheiro a obrigou a ficar em silêncio enquanto ele se masturbava na frente da vítima. Já em outra situação de abuso, os dois estavam retornando ao local de trabalho, quando o suspeito desviou o trajeto e levou a vítima para um terreno baldio. Em seguida, começou a assediá-la tentando tocar no corpo dela e tendo falas inapropriadas e de cunho sexual.
Apesar dos pedidos para que o suspeito parasse com os abusos, Alessandro acredita que a vítima corresponde aos avanços sexuais cometidos por ele.
Segundo a vítima, sempre que ficava sozinha com o ex-secretário, ele a assediava. A mulher relatou que demorou a denunciar o caso por medo de perder o emprego.
Além dela, há suspeita de que Alessandro tenha abusado de outras mulheres que trabalham na secretaria. O prefeito de Juína, Paulo Augusto Veronese (Podemos), optou por exonerar o secretário após tomar conhecimento dos fatos.
Em entrevista à imprensa local, ele afirmou que não poderia aceitar a situação. “Caso tenha culpa tem queser punido, caso não tenha culpa, ele terá a oportunidade de se retratar, mas o poder público decidiu exonerar o secretário para ter mais tranquilidade e não trazer problemas para a gestão municipal. Tem algumas situações que a gente não pode aceitar. Por isso, a gente desligou o secretário. Eu conversei com ele, ele tem a versão dele. Mas, não sou eu quem vai julgar”, declarou Veronese.