Reclamações sobre falta de atendimento durante horário de pico e ausência de profissionais aos finais de semana motivou
Reclamações sobre falta de atendimento durante horário de pico e ausência de profissionais aos finais de semana motivou
Os plantões extras de seis horas para médicos nas unidades de saúde de Cuiabá foi criado nesta segunda-feira (19). A nova medida foi motivada por causa das inúmeras reclamações da população sobre falta de atendimento durante os horários de pico nas unidades e a ausência de profissionais aos finais de semana e feriados. O decreto foi publicado pelo Gabinete de Intervenção do governo estadual em edição extra do Diário Oficial do estado. Foram estabelecidos os valores de R$ 560 por plantão extra em dias de semana e de R$ 800 aos finais de semana e feriados, segundo o Gabinete. Além disso, os plantões extras de seis horas também cumpre com o objetivo de suprir a demanda pelos serviços de urgência e emergência nas unidades de saúde, porque, até então, só havia plantões de 12 horas para médicos. A intervenção A intervenção foi julgada e aprovada pelo Tribunal de Justiça de Mato - TJMT. Essa é a segunda vez que há determinação de intervenção na saúde de Cuiabá. Na primeira vez, no entanto, o processo foi suspenso, dias após ser iniciado. Falta de médicos e fila Na primeira semana de intervenção, o Gabinete apontou falta de médicos, leitos vazios e fila de espera nas unidades de atendimento na capital. A equipe comunicou que está fazendo uma análise financeira para planejar o pagamento das dívidas da pasta. Das 104 unidades de saúde, 37 estão sem médicos. A equipe também identificou seis leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica bloqueados na unidade hospitalar por falta de bombas de infusão. Já no antigo Pronto-Socorro de Cuiabá, a quantidade de pacientes internados é três vezes menor que a capacidade da unidade. A unidade pode atender 260 e, atualmente, há 76 pacientes no hospital e a equipe estuda reabrir esses leitos. Em outra reunião realizada no começo de maio, o gabinete citou os boicotes feitos por funcionários da secretaria e a falta de médicos nos plantões de fins de semana. Daniele disse que o gabinete identificou 18 funcionários da secretaria que estão boicotando as ações da intervenção nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Policlínica e Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). De acordo com o gabinete, existem empresas terceirizadas para oferecer os plantões médicos em UPAS e Policlínicas da capital, mas que nem sempre é possível cumprir 100% das escalas, principalmente, em unidades mais distantes.