O prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), utilizou suas redes sociais na noite de domingo (29) para defender o congelamento das contas da Prefeitura da Capital, a fim de evitar uma possível greve na área da Saúde do município. A medida foi proposta em resposta à crise que afeta as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade e a insatisfação dos profissionais da saúde, que não recebeu o décimo terceiro salário e outros benefícios.
Durante uma visita a algumas UPAs na noite de domingo, Abílio constatou a falta de materiais essenciais, como soro, dipirona, copos de ajuda, papel higiênico, além da escassez de profissionais, como enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes de limpeza. Ele também observou que o tempo de espera para atendimento nas UPAs já ultrapassa cinco horas para pacientes classificados como “verdes”, e alertou que a situação deverá piorar nos próximos dias, com a possibilidade de paralisação dos trabalhadores da saúde.
“Vi nas redes sociais uma ameaça de paralisação caso o décimo terceiro não seja pago até amanhã [segunda-feira] às 19h. A situação está muito difícil em Cuiabá”, afirmou o prefeito eleito.
Preocupado com a gravidade da crise, Abílio anunciou que buscará apoio do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e do Ministério Público para que as contas da Prefeitura sejam bloqueadas e os recursos sejam direcionados para o pagamento dos direitos trabalhistas e trabalhistas dos profissionais da saúde. Segundo ele, isso é essencial para evitar uma greve e garantir a continuidade dos serviços de saúde na capital.
"Ministério Público, Tribunal de Justiça, por favor, congelem as contas da Prefeitura e bloqueiem os recursos para garantir o pagamento dos profissionais da saúde. Não podemos permitir que a Prefeitura continue fazendo gastos em outras áreas enquanto a saúde é deixada em segundo plano" , declarou Abílio.
Posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde
Uma reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, mas até o momento não obteve resposta sobre a situação. O espaço permanece aberto para manifestação.