O governador Mauro Mendes afirmou que Várzea Grande pode resolver os problemas históricos de abastecimento de água ao seguir o mesmo caminho adotado em Cuiabá, por meio da concessão dos serviços à iniciativa privada.
Ele argumentou que o modelo é amplamente utilizado no Brasil e no mundo, sendo adotado por dezenas de municípios mato-grossenses e centenas de cidades brasileiras. Segundo o governador, o principal prejuízo para a população não está no valor pago pela tarifa, mas sim na ausência de serviço. “Qual é o pior preço? É não ter água. Esse é o pior dos preços”, destacou.
Mauro lembrou que a privatização da água na capital não ocorreu em sua gestão como prefeito, mas sim na administração anterior. Porém, ao assumir o cargo, encontrou a concessão em situação crítica.
Segundo Mendes, ele realizou uma intervenção, reorganizou a empresa, redefiniu metas e condições contratuais e promoveu a troca dos investidores, que não tinham capacidade de aportar os valores necessários. Depois desse processo, devolveu a operação ao setor privado.
“Hoje Iá não se fala mais em falta d’água, não se fala mais em problema de esgoto. Está muito equalizado esse problema,” destacou.
Por fim, Mendes afirmou que Várzea Grande poderia seguir o exemplo de Cuiabá e de diversas cidades do país. “Talvez seja um caminho a tomar.. o mesmo caminho que Cuiabá fez. Por que que não faz uma concessão? É uma boa pergunta”, disse.
A fala ocorre após ser questionado sobre o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, anunciar que solicitará ao Ministério Público do Estado (MPMT) que acione a Justiça para determinar a intervenção do Governo do Estado no DAE de Várzea Grande.
Para Mauro, o governo não pode tomar para sí todas as responsabilidades. “Os prefeitos precisam assumir as suas responsabilidades. Tem solução. Não dá para jogar tudo no colo do Estado, né? Porque senão o Estado começa a deixar de cumprir das suas obrigações para ir cumprir obrigações dos prefeitos”, finalizou.
