Economistas do mercado financeiro reduziram, pela 11ª semana consecutiva, a estimativa de inflação para 2025. A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 5,07% para 5,05%, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central (BC). O percentual ainda está acima do teto da meta, de 4,5%. Para 2026, a projeção caiu pela quarta vez seguida, de 4,43% para 4,41%. Já para 2027 e 2028, as expectativas foram mantidas, em 4% e 3,8%, respectivamente.
Desde janeiro, o Brasil adota o sistema de meta contínua de inflação, que estabelece objetivo central de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Se o índice ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que a meta foi descumprida, obrigando o BC a enviar uma carta ao ministro da Fazenda explicando as razões — como ocorreu em julho, após a inflação acumulada em 12 meses até junho superar o teto devido a fatores como atividade econômica aquecida, variação cambial, custo da energia e anomalias climáticas.
PIB e juros
A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 recuou de 2,23% para 2,21%. Para 2026, caiu de 1,88% para 1,87%. As projeções para 2027 e 2028 ficaram em 1,93% e 2%, respectivamente. A taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 15% ao ano para o fim de 2025, mesmo nível atual. Para 2026 e 2027, as projeções permaneceram em 12,5% e 10,5%. A expectativa para 2028 é de 10% ao ano.
Câmbio e comércio exterior
O mercado manteve a previsão de R$ 5,60 para o dólar no fim de 2025 e de R$ 5,70 para 2026, 2027 e 2028. O superávit da balança comercial em 2025 foi revisto de US$ 65,3 bilhões para US$ 65 bilhões. Para 2026, caiu de US$ 70,8 bilhões para US$ 69 bilhões. A entrada de investimento estrangeiro direto foi mantida em US$ 70 bilhões para ambos os anos.