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Notícias Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025, 11:14 - A | A

Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025, 11h:14 - A | A

Política

Governo x Assembleia: atraso de duodécimo atrapalha ALMT

O duodécimo é o repasse mensal obrigatório que o Executivo faz aos demais poderes e instituições autônomas, como o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público

MT Urgente News

O governador Mauro Mendes (União Brasil) parece ter escolhido um caminho arriscado no tabuleiro político de Mato Grosso, ao atrasar o repasse do duodécimo constitucional — recurso que garante o funcionamento da Assembleia Legislativa — o governo criou um impasse que ultrapassa a questão financeira e acende um alerta institucional: a tentativa de asfixiar politicamente o Parlamento pode ter efeito contrário.

Nos bastidores, a estratégia do Palácio Paiaguás é vista por deputados como uma manobra de pressão, destinada a enfraquecer a atual Mesa Diretora e forçar uma renegociação sob tensão. O plano, porém, pode sair caro.

À frente da Casa está Max Russi (PSB), um político experiente, articulado e dotado de uma habilidade rara de administrar crises sem perder o controle do ambiente político.
O governador pode ter subestimado um adversário que tem fôlego, equilíbrio e influência suficientes para reagir com inteligência e firmeza.

O líder que mantém a calma enquanto o jogo esquenta
Com uma trajetória marcada pelo diálogo e pela construção de pontes, Max Russi tem mostrado que liderança não se impõe na força, mas se consolida com estratégia.
Mesmo diante de um cenário de evidente tentativa de sufocamento institucional, o presidente da Assembleia vem conduzindo a situação com cautela, serenidade e senso de Estado, mantendo o Parlamento de pé e unido.

“A Assembleia sempre foi parceira do Executivo, mas a independência entre os poderes é um princípio constitucional. Nosso papel é fiscalizar, legislar e atender às demandas da população. Não há espaço para intimidação política”, afirmou Russi em tom firme, porém equilibrado.

A fala resume o estilo do presidente da ALMT: firme nas convicções, mas político o suficiente para evitar rupturas desnecessárias. Russi vem se consolidando como um dos principais mediadores políticos do Estado, capaz de unir bancadas divergentes e manter o diálogo aberto, mesmo em momentos de tensão.

Duodécimo e a tentativa de pressão
O duodécimo é o repasse mensal obrigatório que o Executivo faz aos demais poderes e instituições autônomas, como o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público. O atraso deliberado desses valores dificulta o pagamento de fornecedores, servidores e contratos administrativos da Assembleia, criando uma pressão financeira que rapidamente se transforma em desgaste político.

A manobra do governo é interpretada por parlamentares como uma forma de controle institucional, uma tentativa de enfraquecer a atual gestão da ALMT e forçar uma reaproximação em condições favoráveis ao Executivo. No entanto, a leitura entre os deputados é outra: Mauro Mendes pode ter ido longe demais.

“Quando o Legislativo se sente ameaçado, ele se une. E um Parlamento unido é a última coisa que um governo em crise política quer enfrentar”, comenta um analista ouvido pela reportagem.

O risco do efeito rebote
Ao tentar sufocar a Assembleia, o governo pode acabar fortalecendo Max Russi politicamente.
Dentro da Casa, o presidente tem ganhado apoio até de parlamentares que antes se mantinham neutros, e vem sendo visto como um símbolo de resistência e estabilidade.
Sua capacidade de manter o equilíbrio institucional diante da pressão vem chamando atenção inclusive fora da ALMT.

O risco agora é de “efeito rebote”: caso o impasse se transforme em uma crise aberta, o governador pode perder parte de sua base de sustentação e enfrentar um Parlamento mais autônomo e disposto a reagir.

Max Russi: articulação, equilíbrio e resultados
Desde que assumiu a presidência, Max Russi tem dado uma nova dinâmica ao Legislativo mato-grossense.
Sob sua gestão, a ALMT ganhou transparência, eficiência administrativa e maior protagonismo político, sem romper o diálogo com o governo.
Ele tem buscado garantir independência com responsabilidade, mantendo o foco em resultados concretos e no atendimento às demandas dos municípios.

Mesmo em meio às turbulências, Russi segue defendendo a harmonia entre os poderes, mas deixando claro que o Legislativo não aceitará ser subjugado.
Sua habilidade em conciliar posições e manter a serenidade diante de provocações mostra que, se o embate for inevitável, o Parlamento não estará despreparado para reagir.

Um recado silencioso ao Palácio Paiaguás
Nos corredores da política, a leitura é de que Mauro Mendes pode ter criado um problema que não precisava.
Ao tensionar as relações com a Assembleia, o governador colocou em movimento um jogo de forças que tende a se intensificar. E, dessa vez, o Legislativo tem em seu comando alguém que sabe jogar — e bem.

Max Russi tem demonstrado que resiliência, diálogo e inteligência política são as verdadeiras armas de quem entende o poder como instrumento de equilíbrio, não de imposição.
Se a estratégia do governo era sufocar o Parlamento, o desfecho pode ser exatamente o oposto: o fortalecimento de uma liderança que sabe reagir sem perder a compostura — e com cada vez mais respaldo dentro e fora da ALMT.

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