Durante visita ao presídio feminino Ana Maria do Couto May, anexo à Penitenciária Central do Estado (PCE), na manhã desta quarta-feira (24), o governador Mauro Mendes, anunciou que encaminhou à Secretaria de Administração Penitenciária, a autorização para que detentos tenham ar-condicionado em suas celas. Para ter acesso ao 'benefício' os reeducandos tem que cumprir alguns critérios que serão estabelecidos pela secretaria.
Um dos critérios para ter acesso ao ar-condicionado nas celas, o reeducando terá que trabalhar, tendo assim então, segundo os gestores, um “ambiente melhor no cárcere”.
“A gente vai fazer um estudo para beneficiar esses presos que estão inseridos em mão de obra, tenham um ambiente melhor no cárcere, fazer uma ala separada para os presos trabalhadores”, disse o secretário Secretário-adjunto de Administração Penitenciária, Jean Carlos Gonçalves.
Questionado sobre os gastos com ar-condicionado, Jean disse ser irrelevante. Ele afirma que os climatizadores utilizados nas unidades penitenciárias têm um gasto maior e não possuem a mesma efetividades que os condicionadores de ar.
“Esse gasto de energia é ínfimo, porque nós temos climatizadores que não têm a eficiência que tem um ar-condicionado e gasta mais. O governador estabeleceu um protocolo para gente fazer um planejamento para operacionalizar essa operação dele”, explicou o secretário.
O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça (TJMT), classificou como brilhante a ideia do governador em autorizar o uso de ar condicionado.
"O que o governador pretende é uma ideia brilhante. Estabelecer a meritocracia dentro do sistema prisional. Nós sabemos que as pessoas que são filiadas às organizações criminosas são proibidas de trabalhar e nós precisamos estabelecer mecanismos para que essas pessoas possam desejar melhorar suas vidas, por meio do trabalho e da educação”, disse o magistrado.
O desembargador destacou ainda, que a medida pode servir de incentivo para o detentos melhorem seu comportamento dentro das unidades.
“O governador pensa em estabelecer dentro do sistema prisional uma meritocracia. O preso que se dispuser a trabalhar e estudar, tiver bom comportamento, buscar se tornar uma pessoa de bem, ele vai mudar de ala e vai ter umas regalias que os demais que se recusam a trabalhar não terão”, opinou.