No dia em que completa uma semana de pós eleições, empresários, comerciantes, e escritórios voltados ao agronegócio, se reuniram e estão promovendo o que foi batizado de ‘Greve Geral’. Diversos estabelecimentos comerciais amanheceram nesta segunda-feira (07), fechados. O objetivo é protestar quanto ao resultado das eleições 2022. A ação foi convocada pelo Movimento Nacional Resistência Civil (MNRC). Em algumas cidades de Mato Grosso, como Nova Mutum, Rondonópolis, São José do Rio Claro, Nova Mutum, Sinop, Lucas do Rio Verde e Sorriso, os comércios não abriram. Em outras cidades como Primavera do Leste e Tangará da Serra, por exemplo, os comerciantes anunciaram o fechamento após as 14:00. Em Cuiabá, manifestante tomaram a frente da 13ª Brigada do Exército. No norte do estado, empresários fecharam as portas. Sinop por exemplo, cerca de 500 empresários aderiram à greve geral convocada pelo Movimento Nacional Resistência Civil (MNRC). O movimento também foi registrado em Vera, cerca de 50 comércios, e Lucas do Rio Verde, onde, de acordo com a imprensa, mais 500 empresários integraram o movimento. Nas rodovias federais ainda há pontos de interdição. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal – PRF, até domingo (6), seis pontos permaneciam interditados, sendo eles em Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Campo Novo do Parecis, Água Boa, Comodoro e Confresa. No domingo, o secretário Nacional de Segurança Pública do governo federal, Carlos Paim, esteve em Mato Grosso e ofereceu o apoio da força nacional de segurança para conter os bloqueios de estradas no Estado. “O grande propósito de nós estarmos aqui é saber como, eventualmente, nós podemos trabalhar juntos, de contribuir. Essa nossa vinda vem com essa finalidade: de estarmos à disposição e também fazer com que os direitos constitucionais sejam garantidos, tanto da manifestação, quanto do direito de ir e vir”, explicou Paim. Alexandre Bustamante, secretário de Estado de Segurança Pública, afirmou que vai analisar a atual situação, para decidir se o envio da força nacional será necessário, tendo em vista que hoje a situação está sob controle, segundo ele. “O Ministério da Justiça ofereceu a força nacional. Nós vamos avaliar a ajuda do Ministério da Justiça, de acordo com a nossa necessidade, até porque as tropas estão no limite, todo mundo está trabalhando sem folga. Essa resposta não foi dada ainda, mas a oferta já chegou para a gente”, explicou. O secretário destacou que o trabalho se concentra em manter as estradas liberadas, garantindo o direito constitucional de ir e vir. “Aqui em Mato Grosso, por mais tensionado que já esteve, hoje está mais tranquilo, sob controle. Por enquanto, a gente está conseguindo, de forma harmônica e integrada, dar uma resposta muito positiva sobre os bloqueios nas estradas, na relação com os manifestantes. Para nós é muito importante isso: o direito de manifestar é constitucional, mas o direito de ir e vir também é. Não dá para gente sopesar qual é o mais importante. O mais importante é que todo direito constitucional seja garantido”, finalizou. No último sábado, 5 de novembro, o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, acionou o ministro da Justiça, Anderson Torres, para que ações imediatas fossem tomadas contra as ações ilegais em forma de greve dos caminhoneiros. O pedido de ajuda para que o governo federal, por intermédio do Ministério da Justiça se posicione, veio após Aras receber informações de procuradores legais sobre novas tentativas de bloqueio no estado.