Era por volta das 04h30 (horário de Brasília), desta quarta-feira (06), quando Donald Trump discursou para apoiadores na Flórida como presidente eleito dos Estados Unidos. O primeiro pronunciamento foi feito em um palco montado em resort em Palm Beach. Trump estava acompanhado da família e do senador JD Vance, futuro vice-presidente.
O presidente eleito, fez o pronunciamento com a apuração ainda em andamento, no momento em que somava 267 dos 270 delegados no Colégio Eleitoral necessários para garantir a vitória. A vitória foi declarada oficialmente horas depois, quando o republicano garantiu 276 delegados.
Nos Estados Unidos, a apuração é de responsabilidade de cada estado, ou seja, a contagem pode demorar semanas. Com isso, a projeção permite saber com antecedência quem será o vencedor. Vitórias na Geórgia e na Pensilvânia foram decisivas.
Em seu primeiro discurso, Trump, fez promessa de "era de ouro da América" e disse que os americanos deram a ele "um mandato poderoso e sem precedentes" e classificou a vitória como o "maior movimento político de todos os tempos".
"Eu não vou descansar até devolver uma América segura e próspera que merecemos. Essa vai ser a era de ouro da América", declarou Trump.
Outras propostas do novo governo são de aprofundar o corte de impostos, reduzir a inflação, recuperar a indústria americana e adotar políticas duras contra produtos chineses. A campanha também foi marcada por promessas de realizar a maior deportação de estrangeiros da história americana e fechar as fronteiras contra imigrantes.
Com uma vitória surpreendente garantida, segundo as projeções, em 4 dos 7 estados-pêndulo (aqueles onde a escolha por um presidente republicano ou democrata varia e não é possível prever o resultado), Trump superou a democrata Kamala Harris também no voto popular. O resultado é diferente da indefinição que as pesquisas eleitorais apontavam.
O Partido Republicano venceu não só o comando da Casa Branca, como também voltou a ter maioria no Senado, após a troca de parte das cadeiras com a eleição de 34 senadores. A mudança reverte o quadro dos últimos quatro anos, quando o Senado foi composto por 51 democratas e 49 republicanos.
Vencedor em 2016, o magnata perdeu as eleições de 2020 para Joe Biden, e volta à Casa Branca após 4 anos, consolidando-se como "dono" da direita norte-americana.