Uma jovem de 18 anos está sendo tratada como caso suspeito de intoxicação por metanol em Cuiabá. Ela deu entrada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) na noite de quarta-feira (22) e, conforme informações preliminares, não apresenta risco de morte. A confirmação depende de exames laboratoriais.
O atendimento ocorreu de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde para casos suspeitos. O HMC é referência estadual para esse tipo de ocorrência e dispõe do antídoto fomepizol para tratamento. Mato Grosso recebeu 28 frascos do medicamento e outros 60 de metanol farmacêutico.
O Centro Estadual de Toxicologia (Seatox) permanece de plantão para orientar unidades de saúde e acompanhar situações suspeitas no estado. Entre os sintomas de intoxicação por metanol estão náuseas, dor abdominal, sonolência e alterações visuais, que podem evoluir para perda de visão.
Primeiro caso confirmado
O primeiro caso oficialmente confirmado de intoxicação por metanol em Mato Grosso foi registrado nesta quarta-feira (22). O paciente é um homem de 24 anos, morador de Várzea Grande, que sofreu lesões oculares irreversíveis, uma das complicações mais graves relacionadas à substância. Apesar da gravidade, o estado de saúde dele é estável.
A bebida ingerida por ele está sendo rastreada pela Vigilância Sanitária em conjunto com a Polícia Civil, Procon e outros órgãos, para identificar a origem e impedir a circulação de produtos adulterados.
Caso semelhante em Água Boa
Outro caso suspeito ocorreu com um homem de 27 anos, morador de Água Boa, que perdeu a visão após consumir bebida alcoólica supostamente adulterada. Ele iniciou tratamento com fomepizol no Instituto de Neurologia de Goiânia (GO).
Segundo familiares, os sintomas surgiram após ele ingerir uísque comprado no comércio local. O paciente chegou a ser atendido no Hospital Regional de Água Boa, mas a família optou pela transferência sob alegação de falta de recursos adequados para o tratamento.