O Tribunal de Justiça (TJMT), negou mais um pedido de prisão domiciliar feito em nome de Carlinhos Bezerra, detido na Peninteciária Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, pelo feminicídio qualificado contra a ex-namorada ,a servidora Thays Machado e homicídio qualificado do então namorado dela , Willian Cesar Moreno, cometidos em Janeiro de 2023.
Em decisão proferida na última quarta-feira (15), o desembargador Paulo Sérgio Carreira de Souza, da Segunda Câmara Criminal, rejeitou o habeas corpus ajuizado pela defesa de Carlinhos, que é filho do ex-deputado Federal e “Cacique do MDB”, Carlos Bezerra.
Carlinhos alegava que possui quadro clínico graves com diversas comorbidades, como diabetes e hipertensão, e que o sistema prisional era incapaz de fornecer o tratamento médico e pós-operatório adequado.
Contudo, o magistrado determinou que, embora o paciente tenha problemas de saúde, eles não configuram um Estado de extrema debilidade física ou risco iminente de morte, nem demonstram a impossibilidade absoluta de tratamento na prisão.
Além disso, o desembargador asseverou que, quando beneficiado pela domiciliar, em 2024, Carlinhos descumpriu condições anteriores: se deslocou para exames não autorizados, e, mais grave, foi visto ladeado por seguranças armados fazendo compras em supermercado da capital.
Não bastasse, foi autorizado a realizar cirurgias eletivas e se recuperar fora da cadeia, porém, se recusou assinando a negativa de próprio punho, o que enfraqueceu a tese de risco manejada pela defesa, sendo a ordem denegada devido também à gravidade concreta dos crimes imputados (dois homicídios qualificados).
Carlinhos Bezerra foi preso em flagrante delito no dia 19 de janeiro de 2023 pela prática de crime de feminicídio qualificado contra a ex-namorada Thays Machado é homicídio qualificado contra o então namorado de Thays, William Cesar Moreno.
Por não aceitar o término com a servidora, Carlinhos ficou de espreita em frente ao prédio onde a mãe dela residia e, quando o casal passou pela portaria, foi surpreendido a tiros por ele, em plena luz do dia.
Ele segue detido em Várzea Grande enquanto aguarda o Tribunal de Justiça designar o seu julgamento popular. Visando arrastar sua submissão ao banco dos réus, vem ajuizado sucessivos recursos judiciais de cunho protelatório.