Imagens de câmeras de segurança em uma casa, mostram o momento exato em que um delegado Bruno França Pereira e policiais da Gerência de Operações Especiais -  Goe, chegam ao imóvel para dar cumprimento a um mandado de prisão, por descumprimento de medida protetiva. O fato foi registrado na noite de segunda-feira (28), em um condomínio de Cuiabá. No Centro Integrando de Segurança e Cidadania (CISC), em Cuiabá, o delegado teria ainda desferido palavras de baixo calão contra um advogado. As imagens, assim como a versão das vítimas foram exibidas durante o Programa do Pop, desta terça-feira (29). De acordo com informações colhidas pelo repórter, Arthur Garcia, a dona do imóvel não teria conhecimento da medida protetiva, e o fato estaria relacionado a uma briga envolvendo um grupo de adolescentes. Entre os envolvidos na briga, estaria o filho da dona do imóvel e o enteado do delegado. No momento que adentrou a casa, o delegado não apresentou nenhum mandado judicial. Conforme a dona da casa, que pediu para não ser identificada, o delegado, teria sido extremamente violento. “Eu estava assistindo TV, ele bateu com muita força, arrombaram a porta e já veio na minha direção. Mandando deitar, estava muito agressivo, armado. Mandou minha filha de quatro anos calar a boca e mirou a arma para ela. Ele disse que ia estourar minha cabeça”, contou a proprietária. Toda ação foi capturada por câmeras de segurança de dentro e fora do imóvel, que mostram o momento da chegada do delegado. A mulher que se recupera de uma cirurgia, foi conduzida ao Cisc, onde conseguiu entrar em contato com o advogado Rodrigo Pouso, que também registrou a conduta atípica do delegado, através de vídeos gravados por aparelho celular. “Minha cliente foi conduzida por flagrante delito, eu precisava entender o motivo pelo qual estava sendo presa. E eu perguntei, ele me disse que era presa por injúria, ameaça e descumprimento de medida protetiva. Ele então desferiu palavras de baixo calão”, explicou Pouso. Ainda durante o Programa do Pop, foi exibido um áudio, onde o delegado Bruno França Pereira, pede desculpas pelo ocorrido, e diz que não estava no local como delegado, e sim como padrasto de uma das vítimas. “Queria pedir desculpa publicamente ao Dr. Rodrigo, é inaceitável a minha conduta. Minha intenção não foi atingir as prerrogativas. Minha conduta se deu como padrasto da vítima, e não de autoridade policial. Estou pedindo desculpa publicamente. Minha conduta foi inaceitável. Quanto ao fato em si, não vou me manifestar, é um processo sigiloso. Vou apenas me ater a manter minha família em segurança”, disse o delegado. O advogado, destacou que o posicionamento dele não é contra a instituição ou os outros policiais, mas sim em relação ao delegado. “Nós temos que separar, servidor público da instituição. Estamos falando de um delegado, que se usou da atribuição dele, para praticar invasão de domicilio e abuso de autoridade”, finalizou Rodrigo Pouso. Os vídeos estão disponíveis logo abaixo.