Em relação à soltura do fazendeiro suspeito de praticar crime ambiental que foi preso após se revoltar com a apreensão de seu maquinário, a 1ª Promotoria de Justiça de Colniza (a 1.065km de Cuiabá) esclarece que o custodiado foi colocado em liberdade após manifestação contrária do Ministério Público de Mato Grosso em audiência de custódia realizada ontem (12).
A 1ª Promotoria de Justiça de Colniza aguarda o término das investigações para adoção das medidas cabíveis visando à responsabilização do fazendeiro.
ENTENDA O CASO
Um homem de 54 anos, suspeito de praticar crime ambiental em uma fazenda em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, foi preso na segunda-feira (11) após se revoltar com a apreensão de um maquinário e, em seguida, destruir duas caminhonetes da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT). Populares que estavam no local registraram o momento em que o fazendeiro parte para cima das viaturas.
De acordo com a Polícia Militar, a equipe da Sema estava na propriedade para fiscalizar uma suspeita de desmatamento que foram identificados na região, inclusive em Áreas de Preservação Permanente (APP).
Ao chegarem no local, o homem se apresentou como proprietário da fazenda e, a princípio, colaborou com a fiscalização.
Pouco tempo depois a equipe flagrou um trator esteira derrubando arbustos e demais vegetações. Diante do flagrante, um dos agentes questionou o fazendeiro sobre a autorização para a ação e o homem respondeu que não tinha.
Veículos destruídos
Segundo a polícia, o agente pediu que o maquinário fosse levado para a sede da fazenda, onde seria decidido pela apreensão ou remoção. Ao perceber que a máquina seria levada, o homem começou a gritar com os agentes, dizendo que o equipamento não sairia do local.
Em seguida, o suspeito entrou em um trator e dirigiu em direção à viatura. O proprietário só freou quando parte da máquina já estava em cima do veículo.
Após descer do maquinário, o investigado pegou uma ferramenta de ferro e golpeou as duas caminhonetes da Sema que estavam no local, amassando a lataria e quebrando lanternas e janelas.
Nas imagens é possível ver que a equipe policial e o filho do fazendeiro tentam acalmá-lo, mas não obtiveram sucesso.
Depois de algemado, o fazendeiro ameaçou usar armas de fogo que possuía em casa para impedir a prisão e ainda proferiu ofensas de cunho racista contra um dos servidores, informou a polícia.