Com o objetivo de intensificar o combate à sonegação fiscal no setor agropecuário, a Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta quinta-feira (26), a terceira fase da Operação Ultimatum. A ação mira produtores rurais que seguem adotando práticas irregulares perante o fisco estadual.
Coordenada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), a operação é realizada em conjunto com a força-tarefa criminal do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA-MT). A atuação conjunta reforça a integração entre órgãos de investigação criminal e fiscalização tributária no enfrentamento qualificado aos crimes contra a ordem tributária.
Nesta nova etapa, os alvos são produtores dos municípios da região médio-norte do estado. As equipes estão realizando intimações para comunicar os investigados sobre os débitos decorrentes de fraudes fiscais e a necessidade de regularização imediata.
Operação tem caráter repressivo e educativo
Mais do que dar continuidade ao trabalho investigativo, a terceira fase da Operação Ultimatum reafirma o compromisso dos órgãos integrantes do CIRA com a justiça fiscal e a legalidade tributária. A operação também busca orientar e conscientizar o setor produtivo sobre a importância da regularidade fiscal como pilar para o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso.
A Ultimatum é um desdobramento direto da Operação Fake Paper, que revelou a existência de um esquema criminoso organizado para fraudar o fisco estadual. O grupo utilizava empresas de fachada, documentos fiscais falsos e operações comerciais simuladas com produtos agrícolas para sonegar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Nas duas primeiras fases da operação, a força-tarefa já garantiu o retorno de mais de R$ 30 milhões aos cofres públicos, evidenciando os resultados concretos da ação fiscal para o Estado.
Sobre o CIRA
O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos é formado por representantes do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (14ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária), Polícia Civil (Defaz), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Controladoria-Geral do Estado (CGE). Juntos, os órgãos atuam na repressão qualificada aos crimes tributários e na recuperação de valores sonegados.