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Notícias Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025, 08:44 - A | A

Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025, 08h:44 - A | A

CENTRO DE CUIABÁ

Usuários reclamam de construção de canteiro em ponto de ônibus

Outra crítica à empresa CS Mobi é a limitação da calçada em frente à construção do Mercado Municipal

MIDIANEWS

Usuários do transporte público que precisam frequentar o ponto de ônibus ao lado do Mercado Municipal, na Avenida Generoso Ponce, reclamam da implantação de floreiras próximas ao meio fio, que atrapalham o fluxo de passageiros para dentro e fora dos coletivos. 

 

Os canteiros elevados foram construídos neste ano pela empresa CS Mobi, que presta serviços à Prefeitura de Cuiabá. Ao todo, foram 17 floreiras instaladas no Centro, de acordo com a empresa. 

 

Os usuários do transporte público se veem constantemente obrigados a subirem ou desviarem dos canteiros pela rua no momento de descer dos ônibus, especialmente nos horários de pico, quando os coletivos fazem fila no ponto de ônibus. 

 

A equipe do MidiaNews foi ao local e conversou com a população, que se mostrou contra a implantação das floreiras. 

 

Amauri Matos afirmou que elas são um constante obstáculo no dia a dia. 

 

“Eu vejo pessoas com dificuldade. Esses canteiros aqui atrapalham o ônibus mesmo, atrapalham um cadeirante, uma pessoa de idade, ou até mesmo uma pessoa acima do peso a subir. Em horário de pico é bem complicado”, disse. 

 

A usuária Jucileide Maria de Moraes já presenciou acidentes causados pelos canteiros por causa de sua altura. “Esses dias atrás também, que foi na terça-feira passada, a senhora caiu em cima dele, machucou a perna porque ele [canteiro] é da altura da porta do ônibus, então, é horrível isso aí”, afirmou. 

 

A trabalhadora utiliza o ponto de ônibus todos os dias com sua amiga, Aline Oliveira, e ambas percebem a dificuldade de locomoção desde a implantação dos elementos. 

 

“Todo dia eu desvio pra poder descer do ônibus e atrapalha, porque ele não vai deixar a gente na beira da rua. Então tem que deixar no ponto de ônibus pra poder descer”, reclamou Aline. 

 

Há dias em que já tiveram que descer em cima do canteiro. “E para subir é horrível, piorou”, disse a usuária. 

 

Por conta do problema os próprios motoristas de ônibus se veem em um malabarismo, já que às vezes esperam os outros veículos saírem da frente a fim de parar depois dos canteiros elevados e deixar a população descer com mais conforto. 

 

Esse esquema para subir e descer gera transtorno, pois as pessoas precisam esperar por muito tempo e, às vezes, até perdem o ônibus se não ficarem atentos. 

“Ontem mesmo eu estava descendo do ônibus, né? Aí o motorista falou assim: ‘espera mais um pouquinho, porque eu preciso sair desse negócio que eles colocaram aí’. Ele ficou perguntando para nós se a porta já tinha passado por eles para poder abrir”, afirmou Jucileide. 

 

Quando não dá para desviar dos canteiros, além de estarem suscetíveis a se machucarem, os usuários podem acabar por cima deles e danificar as plantas. 

 

“Na semana retrasada uma senhora fez isso porque o motorista encostou pertinho, porque não tinha como abrir mais para frente, tinha bastante ônibus. Abriu lá. Daí um homem falou assim: ‘vai quebrar as plantas’. Como que não vai quebrar se ficou atrapalhando? Ficou muito ruim, muito horrível. É uma coisa bonita de se ver, mas não é bom não”, afirmou a usuária. 

 

A empresa CS Mobi afirmou ao MidiaNews que a implantação das floreiras faz parte de um projeto de requalificação do Centro Histórico por meio da parceria público-privada (PPP) firmada com o Poder Municipal. 

 

Para Jucileide, apesar de serem bonitas, a escolha do local de implantação foi equivocada, principalmente por serem tão próximas ao meio fio. 

 

“O prefeito devia ter visto, calculado certinho para poder colocar. E perguntado primeiro para a população. É bonito, porque é um canteiro, mas dificultou o negócio do ônibus. É bonito ter plantas, flores, essas coisas, mas eles [canteiros] ficaram muito no meio fio também, aí atrapalha. Se tem um cadeirante, alguma coisa pra andar na calçada, como que faz? Não tem como”, desabafou. 

 

Em nota, a CS Mobi afirmou que o projeto foi pensado e calculado antes de ser colocado em prática. 

 

“Todos os locais foram dimensionados de forma a favorecer a circulação de pedestres, usuários do transporte coletivo e agregar valorização urbanística à região”, informou. 

 

Além disso, a empresa disse que os locais de implantação foram estudados em conjunto com a Prefeitura e que os locais de parada dos pontos de ônibus não estão sendo respeitados. 

 

“A empresa lembra que os projetos foram avaliados e aprovados pela Prefeitura Municipal e adverte que é possível identificar que alguns dos motoristas do transporte coletivo não vêm realizando a parada na área apropriada junto aos pontos de embarque e desembarque, conduta que fere o Código de Trânsito Brasileiro”. 

 

“O alerta já foi reportado à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, a Semob, a quem compete a fiscalização dessas situações”, complementou. 

 

No entanto, um ponto de ônibus localizado no Mercado Municipal foi retirado no início das obras e as linhas de ônibus precisaram adotar o ponto de transporte em questão. Isso aumentou a demanda do local, mas o ponto não foi ampliado de forma proporcional. 

Calçada estreita 

 

Além disso, a calçada em frente ao Novo Mercado Municipal também é alvo de reclamações dos pedestres que precisam passar por ela, pois estão estreitas em decorrência das obras. 

 

Ítalo Phellip passa todos os dias pela obra ao sair do trabalho e afirmou que pode ser perigoso para a população, pois há momentos em que pessoas precisam passar pela rua. 

 

“Todo dia eu passo na frente e é bem complicado porque não tem sinalização adequada. Às vezes, também acontece acidente aqui. É bem comum que isso aconteça, infelizmente”, disse. 

 

Ainda, ele ressaltou a dificuldade da passagem por pessoas com limitações motoras, como de pessoas que precisam usar cadeiras de rodas. 

 

O prazo de finalização da construção pode chegar até junho de 2027, seguindo a previsão contratual. 

 

Leia a nota na íntegra:

 

“A CS Mobi Cuiabá esclarece que a implantação das floreiras faz parte do projeto de requalificação do Centro Histórico, dentro da parceria público-privada (PPP) firmada com o Poder Municipal. Todos os locais foram dimensionados de forma a favorecer a circulação de pedestres, usuários do transporte coletivo e agregar valorização urbanística à região. A empresa lembra que os projetos foram avaliados e aprovados pela Prefeitura Municipal e adverte que é possível identificar que alguns dos motoristas do transporte coletivo não vêm realizando a parada na área apropriada junto aos pontos de embarque e desembarque, conduta que fere o Código de Trânsito Brasileiro. O alerta já foi reportado à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, a Semob, a quem compete a fiscalização dessas situações.”

 

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