O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início, nesta terça-feira (20), ao julgamento do núcleo três da suposta trama golpista, que envolve 12 acusados, incluindo militares da reserva e da ativa, além de um agente da Polícia Federal. Este julgamento, que começou às 9h30, é presidido pelo ministro Zanin, com o ministro Alexandre de Moraes atuando como relator. Durante a sessão, os advogados de defesa terão 15 minutos para apresentar suas sustentações no plenário da primeira turma. As acusações centrais do caso incluem financiamento ilícito, compartilhamento de mensagens nas redes sociais e ataques à Suprema Corte e ao ministro Alexandre de Moraes.
Este julgamento, que poderá se estender até quarta-feira, se necessário, faz parte de uma série de processos que o STF está conduzindo em relação à tentativa de golpe de estado. Na segunda-feira, depoimentos de testemunhas de acusação já indicaram um caminho que pode levar à condenação dos envolvidos. O processo está seguindo os prazos legais, com a expectativa de ser concluído ainda este ano. Entre os que podem se tornar réus, caso a denúncia seja aceita, estão o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e outros militares.
O julgamento do núcleo 3 é considerado um dos mais simbólicos, pois envolve estruturas internas do Estado, como militares e um policial federal, que, em teoria, deveriam proteger a democracia. Até o momento, foram julgadas as denúncias contra os núcleos 1, 2 e 4, totalizando 21 réus.
Fazem parte deste núcleo os seguintes investigados:
Bernardo Romão Correa Netto (coronel);
Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel);
Estevam Theophilo (general);
Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
Hélio Ferreira (tenente-coronel);
Márcio Nunes De Resende Júnior (coronel);
Nilton Diniz Rodrigues (general);
Rafael Martins De Oliveira (tenente-coronel);
Rodrigo Bezerra De Azevedo (tenente-coronel);
Ronald Ferreira De Araújo Júnior (tenente-coronel);
Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros (tenente-coronel);
Wladimir Matos Soares (policial federal).