Uma propriedade milionária em Chapada dos Guimarães aparece entre os bens declarados pelo empresário Celso Éder Gonzaga Araújo, preso na Operação Ícaro, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo para investigar um suposto esquema de fraude em créditos de ICMS. Além da fazenda, ele possui R$ 47 milhões em pedras preciosas.
Além do empresário, o dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e o diretor da Fast Shop, Mário Otávio Gomes, foram alvos da operação.
A fazenda, localizada em Mato Grosso, está avaliada em R$ 17 milhões e aparece na lista de bens declarados pelo empresário, segundo apuração do portal Metrópoles.
Além da propriedade, o empresário possuía um prédio em Alphaville, em São Paulo (SP), e uma coleção de pedras preciosas que inclui quartzo, esmeraldas e rubis, com valor estimado em R$ 2 milhões; um relógio Montblanc, edição limitada, em ouro maciço e com ponteiros de diamante, avaliado em R$ 700 mil; e um conjunto de joias, com valor estimado em R$ 650 mil.
Segundo informações da Polícia Civil, no momento da prisão, os investigadores localizaram R$ 1,2 milhão, R$ 200 mil em criptomoedas, US$ 10.700, relógios avaliados em R$ 8 milhões e 1.590 euros.
A quantia milionária do empresário foi alvo de busca e apreensão.
A investigação
Celso Araújo é um dos investigados da operação, suspeito de atuar na lavagem de dinheiro como parceiro do auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, que teria recebido R$ 1 bilhão em propina para operar o esquema dentro da Secretaria Estadual da Fazenda.
Celso passou a ser investigado após uma operação do Ministério Público do Mato Grosso do Sul, envolvendo um esquema de estelionato, apontar fraude fiscal envolvendo suas empresas em São Paulo.
Segundo investigações, a empresa de Celso, a Smart Tax Consultoria, possuía como sócia a professora aposentada Kimio Mizukami da Silva, que é mãe do fiscal paulista Artur Gomes da Silva Neto.
Arthur, por sua vez, é supervisor da Diretoria de Fiscalização da Fazenda Estadual e teria recebido cerca de R$ 1 bilhão em propina desde 2011, por meio de empresários com quem mantinha contato direto.
Segundo a apuração, apenas entre junho de 2022 e janeiro de 2024, Kimio e a empresa dela, a Smart Tax, transferiram para Celso e sua esposa o total de R$ 16,7 milhões.