Magnun Vinicius Rodrigues está solto desde 23 de dezembro, mesmo após ser condenado a 8 anos de prisão
Magnun Vinicius Rodrigues está solto desde 23 de dezembro, mesmo após ser condenado a 8 anos de prisão
Condenado a 8 anos de prisão por roubo de gado, mas aguardando julgamento de recurso em liberdade, o ex-vereador de General Carneiro, Magnun Vinicius Rodrigues Alves de Araújo, distribuiu centenas de ovos da Páscoa neste domingo (9) à população carente do município. Segundo informações da imprensa local, o ex-parlamentar tem como projeto político disputar a prefeitura de General Carneiro em 2024. Ele, inclusive, renunciou ao mandato para evitar ser cassado por quebra de decoro parlamentar e não ficar inelegível, já com objetivo político para o próximo ano. Além da área urbana da cidade, Magnun percorreu o distrito de Paredão Grande e comunidades locais com alguns aliados políticos distribuindo pessoalmente e “gratuitamente”’ de ovos de chocolate para a população. As imagens mostram uma caminhonete lotada de ovos de chocolate. O ex-vereador ainda posou para fotos com crianças e adultos que recebiam os chocolates, num típico ato de pré-candidato. Em dezembro do ano passado, o então vereador foi condenado a 8 anos de prisão pelo juiz Roger Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste, que também determinou que o parlamentar pague R$ 10 mil para reparação de danos. O roubo que levou à condenação de Magnun aconteceu em setembro de 2022, em uma fazenda na zona rural de Primavera do Leste. Na ação criminosa, ele acabou agredido pelo dono da propriedade e levou uma coronhada na cabeça, precisando ser internado com traumatismo craniano. Ele ficou no Hospital Regional de Rondonópolis de 11 de setembro a 30 de outubro e após a alta foi preso. Também foram condenados a oito anos de prisão os outros integrantes do roubo de gado, identificados como Joane dos Santos Marques, Marciano Correia Pereira e Uedes Bueno Neves. Segundo as vítimas, eles agiam com muita violência e com requintes de crueldade nas fazendas assaltadas. A soltura do ex-vereador ocorreu em 23 de dezembro, por decisão do desembargador Paulo da Cunha. Ele destacou que o fato do acusado estar detido na data da sentença não justifica a manutenção da prisão cautelar. Também apontou que a pena fixada foi a mínima-legal, o que indica fatos menos gravosos cometidos pelo vereador. "Aliás, houve mais violência na detenção do paciente [inclusive, tendo sofrido traumatismo crânio-encefálico] do que na própria conduta tida por criminosa [roubo impróprio]", escreveu o magistrado.