O policial militar Ricker Maximiano de Moraes foi condenado nesta terça-feira (8) a 12 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado, por tentativa de homicídio qualificado contra um adolescente. O crime ocorreu em 2018, em Cuiabá.
O julgamento, que durou mais de 11 horas, foi realizado no Plenário do Júri do Fórum da Capital, sob a presidência do juiz Lawrence Pereira Midon.
O militar também é investigado por feminicídio, após confessar ter matado a tiros a esposa, Gabrieli Daniel Souza de Moraes, de 31 anos, em maio na Capital.
Na sentença, o magistrado explicou que a pena considerou circunstâncias judiciais desfavoráveis, como o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. No entanto, foi aplicada uma atenuante devido ao fato de se tratar de uma tentativa de homicídio, o que resultou na pena final de 12 anos e 10 meses.
O juiz também manteve a prisão preventiva do réu, determinou o cumprimento da pena em regime fechado, a suspensão dos direitos políticos e fixou o pagamento de indenização mínima no valor de 10 salários mínimos à vítima.
De acordo com a investigação, o crime ocorreu após o adolescente e três amigos presenciarem uma discussão entre o policial militar e sua então namorada.
Os jovens teriam passado pelo local rindo, o que motivou o policial a abordá-los e iniciar uma discussão. Em seguida, ele sacou uma arma e atirou em direção ao grupo.
O adolescente foi atingido em uma das nádegas e precisou passar por procedimentos cirúrgicos, que resultaram em danos permanentes.
Feminicídio
Ricker Maximiano confessou ter matado a tiros a esposa na noite do dia 25 de maio de 2025, no bairro Praeirinho, em Cuiabá.
O crime foi cometido na frente dos filhos do casal, de 3 e 5 anos de idade. Após atirar contra Gabrieli, o militar fugiu da residência.
Ele se entregou à Polícia Civil na madrugada do dia 26 de maio e confessou o crime.