Pela primeira vez desde o início da guerra, Israel lançou uma nova e ampla ofensiva aérea e terrestre no centro da Faixa de Gaza. A operação militar tem como alvo a região de Deir al-Balah, uma área que até então era considerada um dos últimos centros humanitários relativamente preservados no território palestino. A ofensiva atinge um ponto crucial, já que Deir al-Balah abrigava um grande número de pessoas deslocadas e centros de ajuda humanitária que ainda estavam em operação, distribuindo alimentos e outros suprimentos essenciais para a população.
O exército israelense não havia realizado operações de grande magnitude nesta localidade porque se acreditava que a maioria dos reféns estaria concentrada ali. No entanto, novas informações de inteligência teriam indicado o contrário, o que motivou a mudança de estratégia e o início da nova operação militar. A ação gera grande apreensão sobre o impacto para os civis e para a distribuição de ajuda, que já é escassa em todo o enclave. Organizações não governamentais (ONGs) e as próprias Nações Unidas afirmaram que não se retirarão da região, buscando manter a assistência à população em meio ao conflito.
Este avanço militar ocorre enquanto prosseguem as negociações por um cessar-fogo, lideradas pelo Catar e pelos Estados Unidos. A expectativa é que um acordo para a paralisação das hostilidades por pelo menos 60 dias possa ser alcançado até a próxima sexta-feira (25), permitindo a libertação de reféns e a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza.