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Notícias Quarta-feira, 24 de Setembro de 2025, 09:28 - A | A

Quarta-feira, 24 de Setembro de 2025, 09h:28 - A | A

ASSASSINATO DE PERSONAL

Delegado diz que já identificou piloto de moto que ajudou em crime

Ele não deu detalhes de identidade para evitar interferência; garupa de moto era PM, que já foi preso

MIDIANEWS

O delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que a Polícia já identificou o piloto que deu apoio ao soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão, que matou a tiros a personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes no último dia 11, em Várzea Grande.

 

Ele não revelou a identidade do suspeito para não atrapalhar o curso da investigação.

 

“Se um policial, com toda a sua esperteza, foi descoberto em dois dias, pode ter certeza de que esse outro suspeito já está identificado”, afirmou Abreu durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (23).

 

O delegado se recusou, no entanto, a dar detalhes sobre o andamento da investigação em curso a respeito do piloto da motocicleta.

 

Rozeli foi assassinada a tiros dentro do próprio carro no último dia 11, assim que saiu de casa, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande. Câmeras de segurança registraram dois homens em uma motocicleta atirando contra a vítima.

 

No último domingo (21), Raylton se entregou à Polícia e, em depoimento, confessou a autoria do crime. Ele alegou ser o garupa que disparou contra a vítima.

 

Raylton se negou a entregar o comparsa durante seu depoimento.

 

Depoimento de PM

 

Raylton afirmou em depoimento que foi “atormentado por demônios” durante três dias, que o mandaram matar a personal trainer. Ele negou que o crime tenha sido premeditado.

 

“Nesse dia, acordei com uma sensação e a voz falando mais forte: ‘Mata essa desgraçada. Vai lá e mata ela’. E aí peguei e fui. Saí do quarto e fui tomar banho no banheiro que tem no fundo para não acordar minha esposa. Vesti uma roupa lá na edícula do fundo e saí empurrando a moto até o portão, só dei partida bem encostadinho no portão para não acordar minha esposa e fui fazer essa loucura”, disse Raylton em trecho de depoimento.

 

Apesar de o militar negar a premeditação, Abreu destaca a contradição no próprio depoimento. “Ele fala que, em tese, não foi premeditado, mas se contradiz, porque há três dias estava pensando no crime e tentou lutar contra isso, contra esses ‘demônios’ que atormentavam a cabeça dele, ficava nessa guerra interna. Disse que, para ele, foi algo incontrolável, que não sabe explicar”, afirmou o delegado.

 

Segundo o delegado, o crime foi motivado por uma ação judicial movida por Rozeli contra o militar e a esposa dele, cobrando R$ 24,6 mil por danos morais e materiais decorrentes de um acidente de trânsito.

 

O caso é de março deste ano, quando um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade do casal, danificou o carro da vítima. Conforme consta nos autos, Rozeli tentou resolver a situação amigavelmente, mas não obteve resposta.

 

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