![A médica examinou, pediu exames de urina e sangue, mas disse que os exames não acusaram doenças.](https://cdn.tvcidadeverde.com.br/storage/webdisco/2023/08/15/560x420/upa_3.jpg)
A médica examinou, pediu exames de urina e sangue, mas disse que os exames não acusaram doenças.
A médica examinou, pediu exames de urina e sangue, mas disse que os exames não acusaram doenças.
Uma menina de três anos morreu após dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com tosse seca. A pequena Manuela Tecchio deu entrada na unidade na terça-feira (7), com quadro de tosse seca e três horas depois, teve quatro paradas cardíacas e morreu. A Prefeitura de Sinop (500 km a norte de Cuiabá) determinou, ao Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP), que faz a gestão da unidade, a abertura, imediata, de uma sindicância para apurar o atendimento e os protocolos adotados que envolveram a morte da paciente, na Unidade de Pronto Atendimento de Sinop, Anete Mota Maria Maria (UPA 24 h). O pai, que ainda está abalado com a situação, deu entrevista dizendo que já havia procurado a UPA na segunda-feira (6), pois a menina estava com sintomas de gripe. A médica examinou, pediu exames de urina e sangue, mas disse que os exames não acusaram doenças. A profissional receitou medicamentos e liberou a menina para retornar para casa, com diagnóstico de tosse alérgica. Porém, a menina não teve melhoras E os pais então retornaram a UPA com a menina. Ao chegar ao local, a menina foi novamente examinada e, após realizar o raio-x do tórax, foi constatado que a menina estava com os dois pulmões comprometidos. Como a cidade de Sinop não tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil, a menina estava aguardando para ser transferida, foi quando a criança teve quatro paradas cardíacas e na quinta-feira ela não resistiu e morreu. “A gente não sabe se foi feito algum tipo de drenagem ou não. Sabemos somente que a Manuela teve quatro paradas cardíacas e na quinta ela não resistiu e acabou falecendo. É muito difícil acreditar, pois a Manuela era uma menina muito saudável. Então gostaríamos de fazer um alerta para as pessoas que estão indo a UPA, e os médicos estão falando que é simplesmente uma tosse alérgica, que está acontecendo nas escolas. Não deixe para amanhã, exija um raio-x, na hora. No meu caso era só a médica ter feito o pedido na primeira vez que procurei a UPA, não é ela que faz o exame, ela só solicita”, disse o pai. O pai ainda faz um apelo para que o poder público leve uma UTI infantil para a cidade de Sinop. “Como que as pessoas querem que Sinop seja a capital do Nortão, se não existe uma UTI neonatal, se não existe apoio para as famílias, e peço para pessoas que briguem pela saúde”, afirma Lucas Pootz. O laudo do Instituto Médico Legal (IML), aponta que a morte de Manuela foi choque séptico e pneumonia. A sindicância implica no afastamento das atividades profissionais da médica que atendeu a paciente para que a investigação dos fatos não seja afetada. A médica deverá permanecer afastada da instituição de saúde até que as investigações sejam concluídas. Com isso, a profissional ficará impedida de acessar as instalações da UPA. A secretária de Saúde, Daniela Galhardo, informou que toda suspeita precisa ser apurada. “Não podemos fazer julgamentos precipitados, mas precisamos apurar como foi realizado o atendimento. Por isso, determinamos a abertura da investigação, que culminou com o afastamento da profissional”. A paciente de 3 anos, foi admitida na Unidade de Pronto Atendimento de Sinop (UPA 24h), no dia 7 de março, com queixa de deficiência respiratória, tendo, em poucas horas, um agravamento do seu quadro clínico. De acordo com a direção da unidade, todos os protocolos médicos foram aplicados, no entanto, na madrugada do dia 08 de março, a paciente evoluiu a óbito.