A sessão do Tribunal do Júri, que teve início nessa segunda-feira (15) e julga o policial civil Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves, acusado de matar o policial militar Thiago de Souza Ruiz, foi marcada por uma confusão protagonizada por advogados e pela juíza da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, Mônica Perri, que presidia a sessão.
Insatisfeito com a atuação da juíza, que não teria permitido que o advogado Cláudio Dalledone Junior, responsável pela defesa de Mário Wilson, concluísse o raciocínio, ele disse à magistrada que havia chamado a Comissão de Defesa das Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT).
Nesse momento, Mônica Perri disse “que se dane a OAB” e pediu para que os advogados fossem retirados da sala.
Alertada por Dalledone sobre o impasse institucional que a situação causaria entre OAB e Poder Judiciário, a magistrada respondeu: "Pode chamar a OAB".
Os advogados, no entanto, reagiram, e a sessão precisou ser interrompida, com a continuidade marcada para a manhã de hoje (16).
A confusão no Tribunal do Júri motivou uma manifestação de advogados, que foram no início desta manhã para a frente ao Fórum de Cuiabá defender as prerrogativas da advocacia. A OAB Nacional, representada pelo presidente Beto Simoneti, também foi acionada.


