No próximo dia 19 de setembro será realizada na Câmara de Chapada dos Guimarães uma audiência pública para discutir as obras que serão realizadas no Portão do inferno. A discussão correrá após pedido da população.
Alguns moradores teriam cobrado da Câmara mais informações sobre a obra de retaludamento do morro do Portão do Inferno, localizada na MT-251. Bem como questionarem a falta de um plano de mobilidade, que não teria sido apresentado pelo governo. Alguns moradores chegaram a fazer o uso da Tribuna Livre para se manifestar contra a falta de informações, e em relação ao impacto que a obra vai causar à sociedade, bem como, apontar que as obras foram impostas, sem uma consulta previa à população.
Em relatório, o Centro de Apoio Técnico à Execução Ambiental do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) expôs inúmeras falhas na decisão do governo de Mato Grosso em realizar o retaludamento do morro no Portão do Inferno. O relatório segundo informações , estaria em poder do Ministério Público.
No relatório, apesar de se tratar de uma área de risco, a medida escolhida pelo Governo desconsidera o impacto na geodiversidade da região e não é a medida mais eficaz para evitar a queda de blocos de rocha no local. O documento analisa outros documentos, elaborados pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) e conclui que a escolha do Governo será a de maior impacto e terá baixa eficiência.
De acordo com o governo do estado, as obras realizadas são de retaludamento, técnica usada para evitar deslizamentos de terra e melhorar a segurança e a estabilidade do terreno, já que em dezembro de 2023 foram registrados duas quedas de rochas na região, em menos de 24 horas. Na época, o governo de Mato Grosso decretou situação de emergência.