O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos trabalhava em uma obra ao lado do imóvel onde viviam Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, e duas meninas de 10 e 12 anos. Disse que da obra observava mãe e filhas, apesar de nunca terem estabelecido nenhum tipo de contato.
Ele relatou ainda que via a mãe sair para levar e buscar as filhas na escola. Segundo o delegado, Bruno França, após a prisão, Gilberto não demonstrou qualquer sentimento de arrependimento em relação ao crime.
“Ele ficou triste por ser preso, mas em nenhum momento demonstrou qualquer sentimento em relação aos crimes”, disse França.
O pedreiro já tinha mandado de prisão em aberto por tentativa de assassinato em Lucas do Rio Verde. O crime, segundo a polícia, seguiu os mesmos moldes da morte de Cleci e suas filhas. Ele também era alvo de outro mandado, dessa vez por um latrocínio cometido no município de Mineiros - GO, em 2013. Nesta época ele teria matado e roubado um jornalista.
LAUDO DESMENTE ASSASSINO
O primeiro laudo de DNA concluído pela Politec (Perícia Oficial de Identificação Técnica), no caso da chacina de Sorriso em que mãe e filhas foram mortas, desmente a versão apresentada pelo assassino em depoimento.
O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, afirmou ter estuprado as vítimas usando apenas os dedos, mas o material genético encontrado na menor de 13 anos comprova a conjunção carnal.
Em depoimento, Gilberto confessou ter matado as quatro vítimas e ter estuprado três delas – as mais velhas – usando os dedos.
“O interrogado esclarece que não fez nada com o corpo da vítima menor; que quanto às outras três vítimas, o interrogado afirma que depois de tirar as roupas delas introduziu os dedos. […] Questionado se introduziu o pênis em alguma das vítimas, o interrogado afirma que não”, diz trecho de documento.
O primeiro laudo foi concluído na sexta-feira (1) e desmente a versão apresentada em depoimento.
“O exame comprovou que o material genético coletado nas partes íntimas da vítima M.C.C., de 13 anos, é compatível com a amostra doada pelo suspeito”, diz trecho de nota.
Esse é apenas um dos laudos solicitados pela Polícia. Entre os outros estão a análise dos tufos de cabelo encontrados na mão da vítima de 19 anos e as roupas que Gilberto usou para cometer o crime.