O ex-jogador de futebol Daniel Alves completa nove meses preso na cadeia Brians 2, em Barcelona, Espanha. Ele responde a um processo por agressão sexual a uma jovem em uma casa noturna de Barcelona, em dezembro de 2022. A investigação foi encerrada em julho e o brasileiro deve ser julgado entre outubro e novembro, segundo a imprensa espanhola. Daniel Alves completou 40 anos enquanto estava preso. Sua prisão se deu em 20 de janeiro, ao se apresentar à Justiça espanhola.
Em agosto, na mesma semana em que a Justiça de Barcelona decretou o fim das investigações, Daniel Alves, junto com sua defesa, desistiu de quaisquer novos recursos a fim de agilizar o julgamento e se tornar réu no processo.
Não há uma data definida para o julgamento. Desde o início das investigações, Daniel Alves chegou a conceder entrevista negando que tivesse estuprado a jovem. No dia 5 de janeiro, ao programa “Y Ahora Sonsoles”, do canal espanhol Antena 3, confirmou que estava na casa noturna Sutton na data do ocorrido, mas negou a agressão e alegou que não conhecia a mulher. As versões foram se alterando ao longo da evolução das investigações.
Ele disputou a Copa do Mundo do Catar até o meio de dezembro de 2022. Depois, voltou ao futebol do México, onde tinha contrato. Após ser preso, o Pumas rompeu seu acordo. Nesse período, Daniel rompeu com sua mulher, Joana Sanz, e teve a companhia dos filhos e da mãe deles mais próximos em Barcelona. Um outro preso do complexo chegou a afirmar que o brasileiro sofria perseguição de detentos.
O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento da vítima.
No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro que por muitos anos defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro, uma sexta-feira, após prestar depoimento.
O Juizado de Instrução 15 de Barcelona conduz a investigação. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava. Depois revelou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual. O pedido do Ministério Público para que o atleta fosse detido aconteceu também por causa de um possível risco de que ele “fugisse” da Espanha, em meio à condução do processo.