A Polícia Civil por meio de nota, encaminhada aos veículos de imprensa na tarde desta quinta-feira (15), informou que o caseiro apontado como o executor do homicídio do advogado Renato Nery, confessou o crime.
De acordo com PC, o caseiro foi novamente interrogado e prestou maiores esclarecimentos que corroboram os outros indícios de autoria já produzidos pela Polícia Civil até o momento.
Conforme apurado, Alex Roberto se mostrou arrependido do crime e confirmou todas as informações reveladas, também em confissão, pelo policial militar ex-Rotam, Heron Teixeira Pena Vieira, que admitiu tê-lo contratado para executar o crime.
Alex Roberto era caseiro na chácara arrendada por Heron, bairro Capão Grande, em Várzea Grande, onde foi preso pela DHPP no dia 6 de março. Já Heron foi detido no dia 7, quando se apresentou na delegacia. Ambos foram indiciados, no dia 1º de maio, por homicídio triplamente qualificado, no inquérito que investiga o caso.
A confissão do PM
Na semana passada, Heron Vieira confessou na DHPP que recebeu R$ 150 mil pelo crime, que foi dividido com o caseiro Alex Roberto. O acordo inicial, segundo o PM, era de R$ 200 mil.
Na confissão, Heron ainda afirmou que os mandantes teriam sido o casal de empresários Julinere Goulart Bentos e César Jorge Sechi, além de apontar que foi o responsável pela contratação do caseiro para executar Nery.
Conforme revelado na investigação, o valor combinado não teria sido pago na totalidade, o que gerou uma série de extorsões contra o casal, mas sem sucesso, pelo silêncio dos envolvidos.
O policial também confirmou a participação, como intermediador do homicídio, do PM Jackson Barbosa, que é vizinho de condomínio de Julinere e César. Jackson foi preso no dia 17 de abril, em Primavera do Leste.
A partir das revelações do PM, a DHPP conseguiu embasar o pedido de prisão temporária contra os empresários supostos mandantes do crime, que foram detidos na última sexta-feira (9).
Nery, que tinha 72 anos, foi baleado no dia 5 de julho do ano passado, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, quando chegava em seu escritório.