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Notícias Segunda-feira, 30 de Junho de 2025, 09:37 - A | A

Segunda-feira, 30 de Junho de 2025, 09h:37 - A | A

ARRANCOU O CORAÇÃO DA TIA

“Agora sou eu a prisioneira”, diz filha de vítima após primo ser solto

Lumar Costa da Silva, autor do crime, recebeu alta médica de hospital psiquiátrico agora está livre

Com informações MIDIANEWS

A professora Patrícia da Silva Cosmos, de 40 anos, está prestes a reviver, mais uma vez, a tragédia que marcaria para sempre a sua história: receber das mãos do seu algoz o coração da mãe, entregue em uma sacola plástica. “É o pior dia da minha vida!”, disse ela.

Na quarta-feira, 2 de julho, completam-se seis anos do crime que aconteceu em Sorriso e chocou o país. Dessa vez, para Patrícia e sua família, com um sabor ainda mais amargo: a notícia de que o primo, Lumar Costa da Silva, de 34 anos, autor do crime, recebeu alta médica e agora está livre.

 “Não foi uma surpresa, já esperávamos. Desde que foi provado que ele tinha problemas mentais, nossos advogados nos colocaram a par dessa possibilidade. Estávamos naquele medo, terror de que esse dia chegaria e, infelizmente, chegou”, disse.

 Segundo Patrícia, enquanto Lumar estava internado no Hospital Adauto Botelho, em Cuiabá, ela e a família tentavam viver uma vida “normal”. Com ele em liberdade, mesmo que em São Paulo, o medo é constante.

“Temos que dobrar o cuidado, viver como se eu fosse a prisioneira. A verdade é essa: me sinto como se agora eu fosse a presa. Tenho medo, pânico. Dormir agora ninguém dorme mais. A gente vai cochilar, porque dormir mesmo, há três noites eu não durmo”.

 Qualquer barulho estranho ou pessoa parecida com Lumar que Patrícia encontra na rua, ela já teme ser ele. “É nesse terror que estou vivendo agora. Ele pode estar longe, mas não sei até quando. Ele é muito inteligente, já demonstrou isso, e fez ameaças na época do crime de que iria sair da cadeia e voltaria para arrancar o coração de todos nós”, afirmou.

 “Não tenho mais paz. Acabou! Mais uma vez volto a viver naquele terror, naquele pânico. Ele me tirou a minha mãe, a pessoa mais importante para mim. Tenho que conviver com a dor de tudo que presenciei, que vi e nunca vou esquecer, nunca vai sair da minha cabeça. E, agora, também com o medo dele estar por aí”, disse.

 

O crime

O crime aconteceu em 2 de julho de 2019, na residência de Maria Zélia da Silva Cosmos, de 55 anos. Lumar matou a tia, arrancou seu coração e andou por três quadras para entregar o órgão a Patrícia, que estava com os três filhos pequenos em casa e presenciaram toda a cena.

 

“Ele me entregou e falou: ‘Matei a sua mãe, toma o coração dela’. Costumo dizer que naquele momento Deus estava comigo, me dando discernimento para não apavorar ainda mais as minhas crianças, que infelizmente viram o coração da minha mãe. A força e coragem que eu tive foi sobrenatural”, disse.

 

Patrícia temeu reagir e ser morta ao lado dos filhos e, até aquele momento, ela disse ainda não ter acreditado que ele tivesse matado sua mãe.

 

“Assim que ele fugiu, eu saí correndo porque eu não acreditava. Infelizmente, quando eu cheguei lá, era verdade. Ela estava aberta no chão, ensanguentada. Ali acabou para mim. Eu caí no chão e não consegui mais me levantar. Vizinhos conseguiram me tirar de lá de dentro, mas eu fiquei desacordada, só voltei à consciência umas duas horas depois”.

 

Lumar fugiu dizendo que atearia fogo na subestação e que iria “apagar aquela cidade e libertar os presos na cadeia”, recorda Patrícia. “Foi isso que ele falou, coisa de gente louca, psicopata”, completou.

 

Conforme as reportagens da época, Lumar fugiu levando o carro de Patrícia e foi preso após invadir a subestação de energia elétrica e jogar o carro em que estava contra os motores da empresa, assim como disse que faria.

 

Foi um choque

 

Lumar nasceu em Mato Grosso e se mudou para São Paulo com a família quando ainda tinha sete anos. Ele ficou mais de duas décadas sem voltar ao estado, até que retornou para passar as férias em Sorriso.

 

“Demonstrava ser uma pessoa normal. Disse que gostou de rever minha mãe. Falava que era a tia que ele mais gostava, inclusive. Depois de passar 15 dias na cidade, ele resolveu que voltaria a morar em Sorriso”.

 

Seis meses se passaram e Lumar voltou à cidade, sendo acolhido pela tia. À época, a família não sabia que o rapaz saiu de São Paulo tendo ameaçado matar a própria mãe usando um facão.

 

No período de quatro dias como hóspede, Patrícia conta que Lumar começou a se comportar de forma estranha, agressiva, confessou ser usuário de entorpecentes e arrumou até briga com os vizinhos da tia. Assustada, Maria Zélia pediu para que ele se mudasse de sua casa.

 

No mesmo dia em que Lumar se mudou, ele voltou para a casa da tia e cometeu o crime. “Não tem uma justificativa clara. Minha mãe não fez nada pra ele. Isso de que minha mãe o xingava era tudo mentira. Foi tudo muito rápido e ela não quis mais ele lá porque ficou com medo”, explicou.

 

Patrícia disse acreditar que o primo tenha mesmo tido algum tipo de surto. “Porque não é normal tanta brutalidade como a que ele fez. Apesar de também ser frio, relatou toda a história na delegacia, sem nenhum arrependimento. É uma mistura de psicopatia com loucura, sarcasmo e demônios. Acredito que os demônios se apostaram dele também”.

 

Injustiçada

 

Com medo de que Lumar cumpra as ameaças que fez, Patrícia pensa em sair de Sorriso. Ela, que só viu o primo na delegacia quando tudo aconteceu, hoje pede paz.

 

“Eu não quero mais voltar a ficar frente a frente com ele. Só peço que me deixe viver em paz, porque não fiz nada pra ele e já sofri demais. Que ele siga sua vida, se arrependa do que fez e procure o perdão de Deus”, disse.

 

Patrícia também pede para que a Justiça reveja a decisão. Diz acreditar ter sido uma falha grave deixar Lumar em liberdade, pois ele segue sendo um risco iminente para a sociedade.

 

“Com toda certeza foi muito falha. E se fosse com a família deles, com a mãe deles, eles fariam a mesma coisa? Não foi certo, esse cara não pode ficar solto por aí. Eu temo pela minha vida, pelos meus filhos e a de outras pessoas também. Se ele for contrariado, ele mata, já não é tão difícil pra ele”.

 

Quando soube da alta médica de Lumar, Patrícia compartilhou em suas redes sociais um vídeo emocionado. “Não é possível que tudo que ele fez para mim não foi o suficiente. Não está sendo fácil”, disse.

 

A soltura

 

Lumar passou algum tempo na cadeia e, em dezembro de 2021, o juiz Anderson Candiotto, da Segunda Vara Criminal de Sorriso, homologou o laudo pericial que atesta a insanidade mental dele.

 

O laudo constatou que Lumar possui transtorno afetivo bipolar tipo I e, em junho de 2022, o mesmo juiz reconheceu a inimputabilidade do crime e determinou a absolvição do rapaz. Ele saiu da Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como Ferrugem, em Sinop, e passou por tratamento em um hospital de custódia, o Adauto Botelho, em Cuiabá.

 

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que o paciente já não se encontra mais na unidade, mas não deu detalhes sobre a internação e a alta de Lumar. O caso segue sob sigilo na Justiça.

 

De acordo com informações veiculadas na imprensa nacional, Lumar passará a cumprir medidas de segurança com acompanhamento no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) de Campinas (SP). Laudos médicos teriam atestado a "estabilidade clínica do paciente".

 

 

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