A exoneração de Wanilson Alecsandro Medeiros Ramos, que integrava a Casa Militar, que é responsável pela segurança do governador Mauro Mendes (UB), um dia antes da deflagração da Operação Office Crime – A Outra Face, levantou suspeitas de que informações sobre ação da Polícia Civil teriam sido vazadas previamente. Diante das acusações o chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia, negou as acusações em entrevista concedida nesta sexta-feira (7).
“O governo já se posicionou. Um crime que precisava ser desvendado foi desvendado pela Polícia Civil. Se precisar cortar na própria carne, como o próprio governador disse, nós vamos cortar. Se houvesse vazamento, a operação não teria sido um êxito, apreendendo celulares, armamentos, tudo o que era necessário para comprovar a participação dos envolvidos”, disse nesta sexta-feira (7) durante a posse de Deosdete Cruz Júnior ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
A ação investiga a morte do advogado Renato Nery e está atualmente em sua terceira fase. A operação cumpriu seis mandados de prisão temporária contra o soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira, os segundos sargentos Wanilson Alecsandro Medeiros Ramos e Jorge Rodrigo Martins e os terceiros sargentos Leandro Cardoso e Heron Teixeira Pena Vieira, que ainda está foragido.
De acordo com as investigações, ele teria contratado o caseiro Alex Roberto para matar o jurista. Todos tiveram as prisões convertidas em preventivas na tarde do mesmo dia pela Jusitiça. Fábio Garcia negou que tenha havido vazamento da operação e afirmou que o governo não tem como prever ou controlar as ações dos servidores fora da administração pública. Segundo ele, a exoneração do sargento ocorreu a pedido do próprio policial, no dia 27 de fevereiro, e foi publicada na quarta-feira anterior às prisões, devido ao feriado de Carnaval.