Onze vereadores de Cuiabá assinaram o requerimento de instauração de uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo e pela construção do Mercado Municipal.
Eram necessárias no mínimo nove assinaturas para dar prosseguimento ao pedido. Agora, a CPI será aberta após o requerimento ser lido em plenário e uma reunião no Colégio de Líderes definir um relator e um vereador membro.
Por definição, a CPI será presidida pelo Tenente Dias (Cidadania), que foi quem apresentou o pedido.
Os parlamentares que assinaram foram: Tenente Dias (Cidadania) (autor da CPI), Katiuscia Mantelli (PSB), Alex Rodrigues (PV), Ilde Taques (PSB), Dra. Mara (Podemos), Samantha Íris (PL), Marcus Brito Jr. (PV), Dilemário Alencar (União), Daniel Monteiro (Republicanos), Baixinha Giraldelli (Solidariedade) e Cezinha Nascimento (União).
A comissão havia sido proposta em outubro e sofreu resistência de parte dos vereadores, que alegavam que a empresa já havia sido alvo de uma CPI. Somente agora, o número de assinaturas foi alcançado.
Suposto direcionamento
A nova investigação terá foco específico de investigar o processo licitatório, diferente da CPI anterior, presidida por Rafael Ranalli (PL), que tinha como foco investigar o contrato da Prefeitura com a empresa.
A nova CPI partiu de um pedido do prefeito Abilio Brunini (PL), que apresentou novas provas sobre um possível direcionamento de contrato na primeira comissão, encerrada no dia 10 de outubro, mas como o escopo visava o contrato em si, as provas não foram incluídas no relatório final.
Para Dias, fazer uma investigação na licitação é necessário, pois trata de uma situação complexa, que envolve não apenas o estacionamento rotativo, mas a construção do Mercado e uma empresa de tecnologia.
“Evidências preliminares apontam para um possível esquema sistemático de direcionamento da licitação, iniciado em 2019 com a apresentação de proposta pela PROMULTI para elaboração de estudos de revitalização do Mercado Municipal, seguido de alteração do decreto municipal para permitir a ‘apresentação espontânea de propostas’", diz trecho da justificativa do pedido da nova CPI.


