
O "pó branco" estava em meio aos cacos de vidro deixados após a morte do PM Thiago Ruiz
O "pó branco" estava em meio aos cacos de vidro deixados após a morte do PM Thiago Ruiz
Depoimentos prestados à Polícia Civil por testemunhas do crime que vitimou o policial militar Thiago de Souza Ruiz, 36 anos, na madrugada desta quinta-feira (27), relataram a presença de cocaína na cena do crime. Thiago foi morto pelo policial civil Mário Wilson Vieira durante uma briga na conveniência de um posto na região do Goiabeiras. Uma atendente da conveniência afirmou à polícia que, após os tiros e o ambiente estar desocupado, ela notou a presença de um pó branco, aparentando ser droga, misturado aos cacos de vidros quebrados pelo chão. “Após os disparos e o ambiente estar desocupado, a depoente percebeu que no chão próximo a mesa onde eles estavam, havia um pó branco, misturado as vidros quebrados, aparentando ser droga,mas a depoente não sabe de quem era e nem viu ninguém fazendo uso”, diz trecho do documento. A esposa do Policial Militar também prestou depoimento e afirmou que o cabo passou a ficar depressivo após a morte do pai. O casal também passava por um processo de separação, e um quadro anterior de depressão teria se agravado, com possível recaída em vício de droga. O advogado Gilson Vasconcelos Tibaldi de Amorim Silva é amigo do policial civil Mário Wilson e chegou com ele na conveniência, onde já estavam Thiago e o também policial civil Walfredo Raimundo Adorno Moura Júnior. À polícia, Gilson relatou que a vítima, Thiago, parecia "estar alucinado". Ele disse ter percebido que a vítima estaria usando cocaína, e afirma que o nariz do PM estava branco. Ele negou que tenha usado droga na ocasião, e defendeu Mário Wilson, afirmando que o amigo também não usava droga. MORTE EM CONVENIÊNCIA A Polícia Civil, por meio da Corregedoria-Geral e Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu em flagrante o investigador Mario Wilson Viera da Silva Gonçalves, que matou o cabo da Polícia Militar Thiago de Souza Ruiz, de 36 anos. O crime ocorreu na madrugada desta quinta-feira (27), em uma conveniência, ao lado da Praça 8 de abril, em Cuiabá. O policial civil, lotado na Delegacia Especializada de Roubo e Furtos (Derf) de Cuiabá, se apresentou espontaneamente na DHPP, ocasião em que entregou a arma utilizada no crime. Após ser interrogado, o policial foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. Ele passa por audiência de custódia nesta sexta-feira (28).