Acusada de atropelar verdureiro tinha se livrado do júri popular, após um juiz descartar as qualificações dolosas
Acusada de atropelar verdureiro tinha se livrado do júri popular, após um juiz descartar as qualificações dolosas
O Ministério Público de Mato Grosso - MPMT, quer que a médica Letícia Bortolini, que atropelou e matou o verdureiro Francisco Lúcio Mara, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, vá a júri popular. Por isso protocolou, na quarta-feira (08), um recurso, junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O recurso foi protocolado pelo Promotor de Justiça Vinicius Gahyva Martins, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Cuiabá. Recetemente o judiciário, descartou as qualificadoras dolosas dos crimes cometidos, por isso a médica não iria ser submetida a júri popular. De acordo com o promotor, o juiz se baseou na palavra da própria médica e de testemunhas arroladas por ela, para dizer que não houve provas de embriaguez. No recurso o promotor destaca que a médica apresentava sim sinais de embriaguez, como "olhos vermelhos, odor etílico. Também é citado o relato de uma testemunha que teria visto a ré transitando em alta velocidade e dirigindo em zigue-zague. O caso aconteceu em abril de 2018, quando Francisco Lúcio Mara, a atravessava a via. A médica não teria parado para prestar socorro. "A recorrida Letícia Bortolini assumiu a direção do veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, assumindo o risco de matar a vítima Francisco Lucio Maia, o que de fato ocorreu", diz trecho do recurso, que ainda destaca que médica trafegava na Avenida Miguel Sutil a 101km/h, e que o juiz decidiu que a velocidade não caracterizaria “excesso extraordinário, a indicar ter ela assumido o risco do resultado danoso”.