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Notícias Quinta-feira, 20 de Novembro de 2025, 09:06 - A | A

Quinta-feira, 20 de Novembro de 2025, 09h:06 - A | A

Sete Anos Depois

Justiça marca para dezembro júri de bióloga que atropelou e matou jovens na Avenida Isaac Póvoas em Cuiabá

A decisão é da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, que também analisou uma série de pedidos feitos pelo Ministério Público.

Repórter MT

A Justiça de Mato Grosso marcou para 2 de dezembro de 2025, às 9h, a sessão do Tribunal do Júri que vai julgar a bióloga Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, acusada de atropelar e matar dois jovens e ferir uma terceira vítima, em dezembro de 2018, nas proximidades da Boate Valley Pub, em Cuiabá, Mato Grosso.

A decisão é da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, que também analisou uma série de pedidos feitos pelo Ministério Público, assistentes de acusação e defesa, definindo quais testemunhas serão ouvidas, quais perícias serão exibidas e como ocorrerá o rito do julgamento.

De acordo com a magistrada, serão ouvidas em plenário todas as cinco testemunhas arroladas pelo Ministério Público, entre elas Hya Girotto Santos, sobrevivente do atropelamento. A Justiça também autorizou o depoimento da testemunha Samantha Vianna de Arruda, indicada pelos assistentes de acusação, além do pai da ré, Manoel Randolfo da Costa Ribeiro, requerido pela defesa.

A juíza ainda autorizou a oitiva do perito criminal Henrique Praeiro Carvalho, responsável por um dos laudos técnicos que analisaram a dinâmica do atropelamento. Ele prestará esclarecimentos diretamente aos jurados durante o júri.

Já o assistente técnico da defesa, Alberi Espíndula, poderá participar do julgamento por videoconferência para rebater conclusões periciais. A magistrada também determinou a juntada de laudos e exames necroscópicos em versão colorida, além da disponibilização dos objetos apreendidos no processo para exibição durante o julgamento.

O plenário terá acesso digital a todos os autos, mas a juíza indeferiu o pedido do Ministério Público para suspender a sessão após a formação do conselho de sentença, medida considerada prejudicial à celeridade do julgamento.

Relembre a tramitação do processo

Em dezembro de 2022, o então juiz Wladymir Perri absolveu a bióloga das acusações, apoiando-se em laudos periciais que concluíram que as vítimas teriam assumido “risco proibido” ao permanecerem na pista da Avenida Isaac Póvoas, violando o princípio da confiança no trânsito.

O Ministério Público, porém, recorreu. Em 2024, a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) anulou a absolvição e determinou que Rafaela fosse levada a júri popular.

Em junho de 2025, o ministro Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), manteve a decisão do TJMT ao rejeitar recurso especial da defesa.

Com isso, o processo retornou à Vara do Júri, que agora confirma a data do julgamento.

O caso

O atropelamento aconteceu na madrugada de 23 de dezembro de 2018. Conforme a investigação, a bióloga dirigia pela faixa da esquerda e atingiu três jovens que estavam na pista, nas proximidades da Valley Pub. Dois deles morreram.

Rafaela apresentava sinais de embriaguez, segundo registro policial, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Os investigadores elaboraram um “auto de constatação de embriaguez”, apontando sinais de ingestão de álcool.

Ela foi presa em flagrante e, após audiência de custódia, acabou liberada mediante pagamento de fiança de R$ 9,5 mil.

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