
Thaisa Rabelo estava presa desde o dia 22 de março quando foi alvo da Operação Ativo Oculto
Thaisa Rabelo estava presa desde o dia 22 de março quando foi alvo da Operação Ativo Oculto
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a substituição da prisão preventiva para domiciliar de Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo. A decisão é desta terça-feira (8). Ela terá que usar tornozeleira eletrônica e está proibida de manter contato com outros réus. Thaisa é esposa de Sandro da Silva Rabelo, o "Sandro Louco”, principal líder de uma organização criminosa no Estado. Ela estava presa desde o dia 22 de março quando foi alvo da Operação Ativo Oculto, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Civil e Polícia Militar. De acordo com o Gaeco, Thaisa é acusada de lavar dinheiro do crime. Na decisão, o juiz levou em consideração o fato dela ser mãe de crianças menores de 12 anos. “Deferir o cumprimento domiciliar da prisão preventiva, na hipótese, tem como escopo a efetivação da doutrina da proteção integral e dos princípios da prioridade absoluta e do melhor interesse da criança, insculpidos no art. 227 da Constituição Federal”, escreveu. “Feitas essas considerações, comprovando a ré ser mãe de filho menor de 12 anos, se enquadrando nas disposições da Lei n. 13.257/2016, conclui-se que faze jus à prisão domiciliar como forma especial de cumprimento da prisão preventiva restrita às hipóteses estabelecidos no art. 318 do CPP”, decidiu. A operação A Ativo Oculto visava desarticular os delitos de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores auferidos em decorrência da atividade da organização criminosa. A primeira fase da operação, que teve Thaisa como alvo, ainda cumpriu 271 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária, bloqueio de bens e valores em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D´ Oeste, Araputanga, Barra do Bugres, Arenápolis, Sinop e Rondonópolis. Também foram cumpridas ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e Rondônia. Já a segunda fase foi deflagrada no dia 2 de abril e prendeu a advogada de Sandro Louco e outras duas pessoas.