O juiz Moacir Tortato, da 11ª Vara Criminal Militar, determinou a soltura dos policiais militares Anderson de Amaral Rodrigues e Alan Carvalho da Silva, acusados de envolvimento no assalto à agência do Sicredi em Brasnorte (586 km de Cuiabá), ocorrido em 31 de julho.
O caso está sob segredo de Justiça. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ambos estavam detidos no Batalhão de Operações Especiais (Bope), em Cuiabá.
Os policiais deverão cumprir algumas medidas cautelares, entre elas: não se ausentar da comarca por mais de sete dias sem autorização judicial, manter endereço e telefones atualizados e comparecer a todos os atos do processo.
Os policiais estavam presos desde o dia 2 de agosto após o depoimento da ex-companheira de um dos criminosos já detidos, que relatou um suposto acordo entre os militares e os assaltantes.
De acordo com o relato, os PMs teriam recebido pagamento para atrasar o atendimento da ocorrência e o pedido de reforço, permitindo a fuga da quadrilha.
A testemunha também disse que os policiais simulariam um confronto armado para fingir resistência ao crime.
O assalto foi executado por quatro pessoas fortemente armadas, que invadiram a agência na Avenida Cascavel. Os criminosos entraram na cooperativa após quebrarem a porta principal, e renderam funcionários da agência.
Após o roubo de cerca de R$ 400 mil, eles embarcaram em uma caminhonete Toyota Hilux e fugiram sentido Juína, levando os reféns, que foram liberados na estrada.
Além dos dois militares, foram presos outros 10 criminosos. Todos seguem presos.