Israel realizou bombardeios nas proximidades do palácio presidencial em Damasco, na Síria, em resposta a ameaças de represálias caso o governo sírio não protegesse a minoria drusa. Nos últimos dias, mais de cem pessoas perderam a vida em confrontos entre combatentes drusos e grupos armados associados ao novo regime sunita. O líder espiritual da comunidade drusa denunciou uma “campanha genocida” e solicitou a intervenção da comunidade internacional. O Exército de Israel confirmou a realização dos ataques e o ministro da Defesa do país alertou que uma resposta contundente seria dada se os ataques contra os drusos persistissem. Os confrontos em Damasco e na província de Sueida resultaram em pelo menos 102 mortes, incluindo civis, membros das forças de segurança e drusos.

O xeque Hikmat al Hajri criticou a atuação do governo sírio, que estaria utilizando milícias extremistas contra sua própria população. Em contrapartida, o chefe da diplomacia de Damasco afirmou que qualquer intervenção externa apenas agravaria a situação já delicada. A ONU fez um apelo por cautela, enquanto os Estados Unidos condenaram a violência direcionada à comunidade drusa. Israel tem solicitado à comunidade internacional que tome medidas para proteger as minorias na Síria, com ênfase especial nos drusos. Desde o início do conflito sírio, Israel tem realizado uma série de bombardeios no território, com um aumento significativo das operações após a ascensão do novo regime sunita.