As políticas migratórias do governo do presidente Donald Trump estão provocando uma forte queda no número de imigrantes ilegais dentro dos Estados Unidos. De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) mais de 515 mil pessoas em situação irregular já foram deportadas desde o retorno de Trump à Casa Branca, em janeiro de 2025. A previsão oficial é que o total chegue a cerca de 600 mil deportações até o final do ano, o que representaria um dos maiores números da história recente do país.
Em entrevista à Fox News Digital, a assistente-secretária do DHS, Tricia McLaughlin, afirmou que o resultado “é apenas o começo” e que o governo está determinado a “restaurar a ordem e a segurança nas fronteiras americanas”. “Estamos aplicando a lei e cumprindo o dever de proteger o povo americano. Isso é só o início de uma nova fase de responsabilização migratória”, disse McLaughlin.
Segundo o relatório do DHS, desde janeiro:
Mais de 515 mil pessoas foram oficialmente deportadas pelos EUA;
• Mais de 2 milhões de imigrantes teriam deixado o país, somando deportações e saídas voluntárias;
• A agência ICE (Imigração e Alfândega) já registrou quase 200 mil deportações apenas até agosto de 2025;
• O ritmo atual coloca o governo no caminho para superar recordes históricos de remoções anuais;
As autoridades afirmam que a meta é “restabelecer a aplicação integral das leis de imigração”, após anos de políticas consideradas mais brandas. O foco, segundo o DHS, é priorizar criminosos condenados, reincidentes e pessoas que cruzaram a fronteira recentemente.
A atual estratégia faz parte de um plano mais amplo de endurecimento na fronteira, iniciado já nos primeiros dias do novo mandato. Trump determinou o reforço das patrulhas na divisa com o México, a reativação de centros de detenção e a aceleração dos processos de deportação.
Além disso, os Estados Unidos vêm firmando acordos com países da América Central, como Belize, Guatemala e Honduras, para que recebam requerentes de asilo enquanto seus casos são analisados. A medida visa reduzir a pressão sobre o sistema americano e desestimular novas travessias irregulares.
A política de deportações em massa tem gerado apoio entre setores conservadores, que veem nos números um sinal de retomada do controle migratório. Por outro lado, organizações de direitos humanos e juristas alertam para possíveis riscos de violações e questionam a capacidade dos países parceiros em garantir proteção adequada aos deportados. Ainda assim, o governo Trump sustenta que está atuando dentro da lei e que o objetivo é “proteger os cidadãos americanos e restaurar a segurança nacional”.
Com o ritmo atual, o DHS estima que os EUA ultrapassem a marca de 600 mil deportações até dezembro de 2025, consolidando o maior número de remoções em mais de uma década. A administração também deve ampliar operações internas, com novas prisões em cidades e estados que resistem à cooperação com o governo federal.
A Casa Branca classifica o resultado como “um marco histórico” na política migratória norte-americana — e afirma que novas medidas serão anunciadas até o fim do ano para reforçar a fiscalização nas fronteiras.
