
Carlos Alberto Gomes Bezerra é réu pelo assassinato da ex e o namorado dela, em janeiro deste ano
Carlos Alberto Gomes Bezerra é réu pelo assassinato da ex e o namorado dela, em janeiro deste ano
A defesa do empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, tenta retirar qualificadoras do indiciamento do réu, que deve ir a júri popular. Ele é autor do assassinato da ex-companheira, Thays Machado, e do namorado dela, William Cesar Moreno. No recurso, os advogados Francisco Faiad e Eduardo Barbosa pedem que seja afastada as qualificadoras de motivo torpe, perigo comum e utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas. Ele também responde por feminicídio contra Thays. O empresário está preso na Penitenciária da Mata Grande, de Rondonópolis. Na prática, o pedido visa reduzir a pena que o empresário poderá sofrerr no Tribunal do Júri. O crime ocorreu no dia 18 de janeiro no Bairro Consil, em Cuiabá. A decisão de pronúncia foi assinada pela juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da Primeira Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, no mês passado. Segundo os advogados, o motivo torpe não pode ser justificado pelo ciúme que o empresário sentia da ex, conforme jurisprudência do próprio Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Já quanto ao perigo comum, a defesa sustentou que não houve risco a integridade física de outras pessoas, uma vez que os disparos de arma de fogo foram executados apenas na direção de Thays e William. “A confirmar este entendimento, as próprias imagens das câmeras de segurança – tanto aquelas do edifício frente ao qual ocorreram os disparos, quanto as imagens colhidas por denúncia anônima – mostram que, na ocasião dos fatos, não havia pedestres ou transeuntes utilizando a rua ou a calçada onde as vítimas foram alvejadas”, diz trecho do documento. Em relação a utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas, os advogados alegaram que o casal não foi “surpreendido” pelo empresário, já que haviam tido contato com ele na madrugada anterior e tomaram conhecimento de que estava armado. “As provas contidas nos presentes autos demonstram que as vítimas, na madrugada do mesmo dia do crime, tiveram contato direto com o Recorrente, ocasião em que este as perseguiu até uma delegacia de polícia. Veja-se, inclusive, que naquela ocasião as vítimas tomaram conhecimento de que o Recorrente estava armado”, afirmaram. “As imagens das câmeras de segurança do edifício Solar Monet permitem afirmar que, momentos antes do cometimento do crime, o Recorrente passa com o seu veículo em frente às vítimas, dando marcha ré logo em seguida, para, só após a manobra, iniciar os disparos. Não é razoável presumir, portanto, que as vítimas foram surpreendidas”, acrescentaram.