
Oswaldo Prado está solto após decisão judicial
Oswaldo Prado está solto após decisão judicial
A ex-mulher do ex-superintendente da Unidade de Pronto Atendimento do bairro Ipase (UPA do Ipase) e sobrinho da vereadora de Várzea Grande Rosy Prado (União), Oswaldo Prado Rocha - suspeito de integrar um esquema de desvio de medicamentos da farmácia da Unidade de Pronto Atendimento (Upa Ipase) – relatou em depoimento à Polícia Civil que o ex levava medicamentos da unidade para casa. A mulher ainda informou que Oswaldo Prado Rocha teria usado conta bancária da companheira e da mãe para supostamente receber propina. Um dos valores transferidos seria de R$ 17 mil passados em nome do empresário Fernando Metello – outro investigado. A informação veio à tona em matéria do VG Notícias veiculada nesta quarta-feira (23) com base no inquérito da "Operação Fenestra". Ainda conforme a reportagem, o ex-superintendente também teria pedido a conta de uma comadre dela. Metello é dono da empresa Disnorma. Além dele e de Oswaldo estão na mira os farmacêuticos Jackson Alves Lopes de Souza e Ednaldo Jesus e Silva, que é tesoureiro do Conselho Regional de Farmácia. Todos eles foram presos durantes as investigações, mas soltos após audiência de custódia. Um ex-assessor de Oswaldo também relatou em depoimento que o sobrinho da vereadora pedia para seu motorista Benedito Santana da Silva pegar remédios nas Unidades de Pronto Atendimento para serem vendidos para Fernando Metello. A ex de Oswaldo Prado Rocha ainda relatou que a situação do armazenamento dos remédios ocorria desde 2021. Disse que chegou a ver algumas caixas de medicamentos na área dos fundos e que viu Benedito descarregando algumas outras caixa na residência. A ex-sogra ratificou as informações da filha informando que viu, quando ficou na casa do ex-casal por uma semana, Benedito chegar com algumas caixas que continham produtos hospitalares e teste de Covid-19. Acrescentou que Oswaldo usou sua conta para receber de Metello um valor total de R$ 14.880,00. Os investigados devem responder pelo crime de associação criminosa, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação, corrupção passiva, extravio de documento e lavagem de dinheiro. Durante a investigação foi constatado que, no período de pandemia da Covid-19, foi aberta uma janela nos fundos da farmácia da Upa Ipase, supostamente para evitar o contato entre pacientes e servidores, no entanto, evidências indicam que foi utilizada para os desvios de medicamentos.