O empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, de 33 anos, que destruiu um deck em frente ao Restaurante Haru, na Praça Popular, no final de semana, foi indiciado por três crimes.
Ele vai responder por dano qualificado, tentativa de homicídio com dolo eventual e omissão de socorro.
Ele prestou depoimento na manhã desta terça-feira (27), na Deletran (Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito), e foi liberado. O empresário alegou que não tinha a intenção de destruir o restaurante e que agiu por “desespero” ao tentar fugir de agressões. Na confusão ele acabou atropelando sua tia.
O caso aconteceu no último sábado (24), após José Clóvis se desentender com outros clientes do restaurante. Depois da briga, ele pegou o próprio carro e avançou contra o deck, onde estavam as pessoas envolvidas.
Segundo o delegado Claudinei Lopes, que está à frente das investigações, a Polícia descartou que ele tenha sido vítima de disparos, como alegou a mãe do empresário nas redes sociais.
“Está descartado. Ele falou que não tinha certeza se eram tiros ou algum objeto que jogaram no carro dele, como copos e garrafas. Ontem os peritos fizeram a constatação no veículo e não confirmaram nenhum vestígio de tiros, nem fora, nem dentro, não foram localizadas marcas e nem projéteis de arma de fogo”, esclareceu o delegado.
A confusão
José Clóvis negou ter dado início à confusão e disse que foi agredido por clientes e seguranças do estabelecimento.
“Ele alegou que o início da confusão não foi ele que provocou, que estava indo para o banheiro e uma pessoa exaltada esbarrou nele e começou a confusão, a briga, daí outras pessoas também o agrediram”, disse o delegado conforme o depoimento do empresário.
“Depois, na saída, também tem o vídeo em que ele aparece sendo agredido. Ele fala que foi agredido por seguranças do bar também, até com um pedaço de madeira”.
O delegado requereu um exame de corpo de delito para José Clóvis, que está com marcas visíveis de agressão no rosto e no corpo.
Segundo o empresário, ele entrou em “desespero” e danificou o deck ao tentar fugir, e disse sequer ter percebido que atropelou sua tia, que estava atrás do veículo. Ela teve uma luxação no pé e será ouvida nos próximos dias, assim como outras testemunhas.
“Ele confirma que realmente estava desesperado porque estava sendo agredido, queria fugir logo do local. Alegou que não teve intenção de danificar o deck e, na saída, mesmo fazendo manobras, dando ré e voltando, atingiu o estabelecimento”.
“Mas, de início, ele está indiciado por dano qualificado, tentativa de homicídio com dolo eventual e omissão de socorro”, disse o delegado.