O interrogatório da empresária Julinere Goulart Bastos, marcado para esta terça-feira (13), foi adiado após ela alegar problemas psicológicos. Julinere foi presa pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por suposta participação no assassinato do advogado Renato Nery.
Nesta segunda-feira (12), a Polícia Civil chegou a informar que a empresária estaria disposta a colaborar com as investigações. Sua oitiva não tem nova data marcada e segue sem prazo para acontecer.
“Não haverá o interrogatório da Julinere. Ela alegou problemas psicológicos e decidiu permanecer em silêncio, desejo dela. A postura atual contradiz a disposição que demonstrou no momento da prisão, quando afirmou que cooperaria”, informou uma fonte da Polícia.
O companheiro dela, César Jorge Secchi, também é apontado como mandante do crime, mas nega envolvimento e optou por não se manifestar.
O casal está preso desde a sexta-feira (9) em Cuiabá. A conduta de ambos será analisada em inquérito complementar.
As investigações sobre o assassinato ganharam força com a confissão do policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que admitiu participação no crime.
Ele afirmou que o Alex Roberto Queiroz Silva foi o autor dos disparos.
Detalhes do crime
O assassinato ocorreu em julho de 2024, quando o advogado foi atingido na cabeça ao chegar ao escritório em Cuiabá. De acordo com as investigações, Heron Teixeira conseguiu a arma usada no crime e a repassou ao caseiro Alex Roberto, que teria pilotou uma motocicleta Honda Fan até o local e efetuou os disparos.
A Polícia Civil afirmou que o crime foi encomendado por R$ 200 mil, em meio a disputas por terras. Alex e Heron foram indiciados nesta semana por homicídio qualificado (motivado por recompensa e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
O caso continua sob investigação.