Uma comerciante de 41 anos foi presa em flagrante nesta terça-feira (21) por suspeita de furto de energia elétrica em um ponto comercial de Rondonópolis, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso. A prisão ocorreu após denúncia da concessionária Energisa, que identificou uma ligação clandestina diretamente à rede elétrica.
Segundo a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) do município, a equipe técnica da Energisa havia lavrado um termo de ocorrência e retirado o medidor do local no último dia 18 de outubro, após suspeita de fraude. No entanto, durante nova inspeção, constatou-se que o equipamento havia sido removido e que o comércio estava novamente com energia — desta vez, de forma irregular.
Os agentes da Derf foram acionados e, acompanhados por um perito criminal da Politec, realizaram perícia no local. O laudo confirmou a ausência do medidor e a ligação direta à rede elétrica, prática que configura crime de furto conforme o artigo 155 do Código Penal Brasileiro. A proprietária foi conduzida à delegacia e autuada em flagrante.
Contexto e impacto do furto de energia
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, fraudes e furtos de energia estão entre os delitos patrimoniais mais comuns no país, gerando prejuízos bilionários às concessionárias e aos cofres públicos. Em Mato Grosso, somente em 2024, a Energisa registrou mais de 5 mil ocorrências relacionadas a ligações clandestinas.
O delegado Fábio Nahas destacou que o crime, além de causar danos econômicos, representa risco à vida. “Essas ligações irregulares sobrecarregam a rede e aumentam o risco de incêndios e choques elétricos, além de afetar a estabilidade no fornecimento para os consumidores regulares”, afirmou em nota oficial.
O que diz a lei
O furto de energia elétrica, também conhecido como ‘gato’, é tipificado no artigo 155, §3º, do Código Penal, com pena de reclusão de um a quatro anos e multa. Em casos reincidentes, a pena pode ser agravada.