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Notícias Terça-feira, 21 de Outubro de 2025, 08:30 - A | A

Terça-feira, 21 de Outubro de 2025, 08h:30 - A | A

Política

AL deve votar projeto que suspende contratos de crédito consignado irregulares com servidores

PDL prevê suspensão por 120 dias de empréstimos que ultrapassem limite legal de desconto em folha

VG Notícias

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) deve votar nesta quarta-feira (22.10) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 13/2025, de autoria do deputado Wilson Santos (PSD) e coautoria da deputada Janaina Riva (MDB). A proposta suspende os efeitos de contratos de crédito consignado e outras modalidades de empréstimo firmados com servidores públicos estaduais que estejam em desacordo com a legislação vigente. O texto tem parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e está em dispensa de pauta para segunda votação.

O PDL determina a suspensão, por até 120 dias, de contratos de cartão de crédito consignado, cartão de benefício consignado e Crédito Direto ao Consumidor (CDC), além de outras operações que ultrapassem o limite de 35% da remuneração líquida dos servidores. O prazo poderá ser prorrogado, conforme justificativa da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e da Força-Tarefa criada pelo Decreto Estadual nº 1.454/2025, que investigam as irregularidades.

Durante o período de suspensão, ficam vedadas cobranças, descontos em folha, lançamentos em conta-corrente e negativação do nome dos servidores. Também será proibida a cobrança de juros, multas ou correção monetária sobre os valores suspensos.

A medida tem como objetivo apurar possíveis fraudes, revisar contratos com juros abusivos e assegurar o cumprimento do limite legal de descontos em folha, conforme a Lei Federal nº 14.181/2021, que trata da prevenção ao superendividamento.

Na justificativa, o deputado Wilson Santos cita o relatório da CPI do Endividamento (2018), que identificou irregularidades em operações de crédito consignado com servidores públicos, especialmente com o Banco do Brasil. Segundo o texto, há casos em que os descontos compulsórios chegam a 90% do salário líquido, levando trabalhadores ao endividamento e à perda da capacidade de sustento familiar.

O parlamentar argumenta que a medida busca resguardar a dignidade do servidor público, garantir o mínimo existencial e permitir que as dívidas sejam revisadas ou renegociadas de forma justa, com participação de instituições financeiras, órgãos de controle e entidades representativas da categoria.

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