A União Europeia está em vias de tomar uma decisão crucial sobre a imposição de novas sanções contra a Rússia e Belarus, com um foco particular na taxação de fertilizantes produzidos por esses países. O Parlamento Europeu agendou uma votação para decidir sobre a aplicação de uma tarifa de 6,5% sobre a importação desses produtos, como parte do 17º pacote de sanções. Esta medida não visa apenas punir economicamente os dois países, mas também busca reduzir a dependência europeia desses insumos agrícolas. A iniciativa surge em meio a tensões contínuas devido à invasão russa na Ucrânia, com a União Europeia empenhada em enfraquecer a capacidade econômica da Rússia de financiar suas operações militares. Além da Rússia e Belarus, a União Europeia está considerando sanções contra outros países, como a Coreia do Norte e o Irã, que estariam apoiando militarmente a Rússia.
No entanto, a aprovação dessas medidas enfrenta resistência dentro do bloco. Países como a Eslováquia e a Hungria, cujos líderes mantêm relações próximas com Moscou, já se manifestaram contrários a novas sanções. A Eslováquia, liderada por Robert Fico, e a Hungria, sob o comando de Viktor Orbán, podem dificultar a obtenção do consenso necessário para a implementação das sanções. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem pressionado por um apoio mais robusto da Europa, enquanto os Estados Unidos participam das negociações de forma mais distante. A falta de um cessar-fogo iminente por parte da Rússia aumenta a urgência de medidas que possam garantir a segurança da Ucrânia.