O ex-presidente Donald Trump disse nesta quarta-feira (10) que não assinaria uma proibição federal para o aborto caso fosse eleito no pleito presidencial deste ano.
É a resposta mais firme de Trump, até hoje, sobre uma proibição nacional do aborto. Ele simultaneamente reivindicou o crédito por nomear os juízes da Suprema Corte dos EUA que ajudaram a derrubar a lei Roe v. Wade (legislação que garantia o direito ao aborto em todo os Estados Unidos).
No entanto, o ex-presidente tentou se distanciar de líderes estaduais republicanos que querem limitar ao máximo o procedimento. Na segunda-feira (8), Trump disse que as medidas sobre o aborto deveriam ser tomadas pelos estados.
“Você assinaria uma proibição nacional do aborto se o Congresso enviasse para sua mesa?” Trump foi perguntado por um repórter em Atlanta nesta quarta-feira (10).
“Não”, disse Trump, balançando a cabeça.
“Você não assinaria?”, perguntou o repórter.
“Não”, disse Trump novamente.
Nesta quarta-feira (10), Trump também tentou se distanciar de uma decisão controversa proferida pela pela Justiça do Arizona, que disse que o estado deve aderir a uma lei de 160 anos que proíbe todos os abortos, exceto nos casos em que “é necessário salvar” a vida de uma pessoa grávida.
A decisão decorre de um caso que foi revivido após a Suprema Corte dos EUA derrubar a lei Roe v. Wade, em junho de 2022.
“Sim, eles fizeram”, disse Trump em Atlanta quando perguntado se o Arizona foi “longe demais” com a decisão. “Isso será esclarecido, e tenho certeza de que o governador e todos os outros vão trazê-lo de volta à razão e a questão será cuidada, eu acho, muito rapidamente.”