O número de mortos após a queda de um avião militar em uma escola em Daca, capital de Bangladesh, subiu para 31, nesta terça-feira (22), com 69 pessoas gravemente feridas. O governo local decretou luto nacional, em resposta ao que é considerado o maior acidente aéreo da história do país. A aeronave envolvida, um F-7 BGI de fabricação chinesa, sofreu uma falha mecânica, de acordo com as autoridades, e caiu em uma área escolar que, antes do acidente, recebia cerca de 7.000 alunos diariamente. O piloto do avião também não resistiu aos ferimentos.
As investigações estão em andamento, conduzidas pela aviação militar e civil local. As autoridades esperam esclarecer as causas nas próximas semanas. A fabricante chinesa do avião, por sua vez, está interessada em entender se o acidente foi causado por erro humano ou falha mecânica. Este interesse é crucial, pois o incidente em Bangladesh ocorre pouco tempo após outra tragédia aérea significativa envolvendo a Air Índia, que resultou em 260 mortes. A repetição de tais eventos em um curto espaço de tempo aumenta a pressão sobre as autoridades e fabricantes para garantir a segurança dos voos.
Houve protestos no país. Em Daca, capital de Bangladesh, centenas de estudantes saíram às ruas e invadiram o portão principal da secretaria do governo federal, exigindo a saída do conselho educacional, suspeito de omitir algumas informações sobre a tragédia. A polícia respondeu com cassetete e forçou os alunos a saírem.