Quatro pessoas foram presas por um ataque ocorrido na quarta-feira (3) à noite contra Prisca Thevenot, porta-voz do governo da França, e sua equipe enquanto colocavam cartazes de campanha, segundo Gerald Darmanin, ministro do Interior francês.
Embora Thevenot não tenha se machucado, seu vice e um ativista do partido foram feridos por um grupo não identificado de cerca de 10 jovens que estavam desfigurando cartazes de campanha, afirmou a porta-voz ao jornal Le Parisien.
Marie Dauchy, candidata do partido de ultradireita Reunião Nacional em Savoie, também disse que foi atacada por um lojista em um mercado na quarta-feira.
Além disso, o vice-prefeito de 77 anos de uma pequena cidade perto de Grenoble, no sudeste da França, levou um soco no rosto nesta quinta-feira (4) de manhã ao colocar um cartaz para Olivier Veran, um ex-porta-voz do presidente Emmanuel Macron.
Veran denunciou um “contexto de violência completamente sem precedentes nesta campanha”.
Policiamento reforçado
Cerca de 30 mil policiais serão mobilizados pela França na noite de domingo (7), dia do segundo turno de uma eleição parlamentar de alto risco, para garantir que não haja problemas, disse Darmanin.
O segundo turno deste domingo determinará se o Reunião Nacional, de Marine Le Pen, garantirá maioria parlamentar pela primeira vez e formará o próximo governo na França, a segunda maior economia da zona do euro.
A campanha foi marcada por tensões políticas, mas também pela violência crescente.
O ministro do Interior destacou que seria “muito cuidadoso” com a segurança na noite de domingo, quando os resultados da eleição serão anunciados.
Cerca de 5 mil dos 30 mil policiais mobilizados estarão em Paris e seus arredores. Eles “garantirão que a direita radical e a esquerda radical não tirem vantagem da situação para causar caos”, ressaltou a autoridade à France 2 TV.